quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Menor oferta de produtos por causa do clima contribuiu para alta de preços dos alimentos em janeiro

A oferta reduzida de alimentos devido ao clima contribuiu para o aumento da inflação de alimentação e bebidas em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desse grupo passou de 1,03% em dezembro para 1,99% em janeiro, de acordo com dados divulgados hoje (7) pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Entre os destaques estão o tomate (26,15%), a batata-inglesa (20,58%), a cebola (14,25%), as hortaliças (10,86%) e a cenoura (9,83%).
O principal impacto no IPCA do mês, no entanto, veio de despesas pessoais, cuja taxa ficou em 1,55%, ante 1,6%. O item cigarros, que teve aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), subiu 10,11%, exerceu o principal impacto individual, e foi responsável por 0,09 ponto percentual do índice.
Dentre as cidades pesquisadas, Belém (1,06%) foi a que registrou maior inflação, devido à alta no preço do alimentos (2,93%). O menor resultado do IPCA foi o de Brasília (0,46%), devido à queda de 1,42% nas passagens aéreas e de itens como os ônibus interestaduais (-3,06%).
As despesas com habitação apresentaram queda de 0,20%, após alta de 0,63% em dezembro, influenciada, segundo o estudo, pela redução das contas de energia elétrica. Já o automóvel novo ficou 1,41% mais caro, o terceiro item de maior impacto individual no mês (0,05 ponto percentual).
O grupo saúde e cuidados pessoais registrou inflação de 0,73% em janeiro, ante 0,40% em dezembro. No caso de artigos de residência, a taxa atingiu 1,15% e superou a de dezembro (0,27%).
Em educação, a taxa passou de 0,19% em dezembro para 0,35% em janeiro. Já os índices dos  grupos vestuário (de 1,11% para -0,53%), comunicação (de 0,03% para -0,08%) e habitação (de 0,63% para -0,20%) caíram em janeiro, o que fez com que a taxa dos produtos não alimentícios subissem menos, passando de 0,71% em dezembro para 0,50% em janeiro.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. O índice se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas, além de Goiânia e de Brasília.
Fonte: Agência Brasil

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