As mulheres já são maioria nos bancos das universidades, segundo o último censo, realizado em 2010. Outra pesquisa conduzida pela ONG Endevor com empreendedores inovadores de ambos os sexos no Brasil, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Uganda e Jordânia revelou que as mulheres são as que mais inovam no setor de serviços que, em nosso país, responde por 60% do PIB.
E agora os números apontam que as mulheres serão recompensadas por isso, segundo a premiada jornalista norte-americana Liza Mundy, do Washington Post, autora de best-sellers listados pelo The New York Times (entre eles, Michelle, sobre a vida da primeira dama dos EUA), que estuda as questões do gênero há mais de 20 anos. As considerações sobre o futuro das mulheres trabalhadoras no mundo foram debatidas no Fórum Nossa Felicidade, no Instituto Tomie Otake.
Sua palestra foi baseada no livro O Sexo Mais Rico (ed. Paralela), que revela o impacto, nos EUA e no mundo, do crescente número de mulheres no papel de provedoras na sociedade e apontou os seguintes fatores:
• Nos EUA, a média de ganhos reais das mulheres que trabalham em período integral aumentou em 31%, enquanto os ganhos dos homens ficaram estagnados.
• No Brasil, onde 60% das pessoas com curso superior são mulheres, a taxa de crescimento econômico num dos últimos trimestres foi de 9%.
• Nos EUA, a parcela de maridos que sustentavam a casa sozinhos caiu de 35% em 1967 para 18% em 2009.
• Na maioria das cidades americanas, as mulheres solteiras e sem filhos, com idades entre 22 e 33 anos, têm uma renda média superior à de seus colegas do sexo masculino.
• Apenas 66% dos homens americanos na faixa etária mais produtiva — 25 a 64 anos — estão empregados em tempo integral, uma queda considerável em relação a 1970, quando esse índice era de 80%.
• É razoavelmente bem conhecido o fato de que as mulheres agora são maioria entre os estudantes universitários nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e em muitos países desenvolvidos, mas — esta é a verdadeira novidade — as mulheres também são a maioria dos estudantes universitários em quase todos os países do mundo.
• Houve um aumento constante dos homens que ficam em casa não por serem obrigados a isso, mas porque desejam: acham que pode ser bom ter a vida que as mulheres tinham.
• Segundo o PewResearch Center, os maridos tendem a se tornar cada vez mais os principais beneficiados financeiros no casamento, graças aos rendimentos das mulheres. Os homens estão se transformando no sexo dependente.
• As mulheres também são a maioria dos estudantes universitários em quase todos os países do mundo: 61% dos alunos em faculdades e universidades da Mongólia, 53% em Botswana, 62% na Arábia Saudita, 60% nos Emirados Árabes.
• Demógrafos preveem que até 2050 — quando haverá 140 mulheres com formação universitária nos Estados Unidos para cada cem homens — as mulheres irão superar os homens academicamente na maior parte do mundo. Em meados do século XXI, as mulheres japonesas serão os seres com o maior nível de instrução do planeta.
Fonte: Uol - Consumidor Moderno
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