O Inmetro definiu requisitos mínimos de segurança do sistema de
fixação de cadeirinhas infantis alternativo ao cinto de segurança e
utilizado em parte da frota brasileira de automóveis, chamado Isofix.
Com a certificação compulsória do Inmetro, conforme portaria publicada
nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, o instituto tem o
obejtivo de aperfeiçoar o regulamento de dispositivos de retenção
infantil.
Para utilizar o Isofix, tanto as cadeirinhas como os
veículos precisam ter pontos de ancoragem para o sistema especial de
fixação rápida. Fabricantes nacionais, importadores e o comércio de
cadeirinhas que dispõem do sistema Isofix, exclusivo ou como alternativa
à fixação por meio do cinto de segurança, terão um prazo, ainda a ser
estabelecido, de 6 a 12 meses para adequação às novas regras. Quem
apresentar produtos não conformes após o prazo estará sujeito às
penalidades previstas na lei.
— É importante ressaltar que a
regulamentação não proíbe a comercialização de cadeirinhas que possuem
apenas o sistema de fixação por meio do cinto de segurança — diz Alfredo
Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade do Inmetro.
Com base
em estudos no Brasil e no exterior, o Inmetro reconheceu a eficácia do
Isofix e decidiu aperfeiçoar o programa de certificação de cadeirinhas,
incluindo a avaliação deste item e permitindo o uso alternativo dos dois
sistemas de fixação.
— Atualmente, existem no mercado nacional
apenas cinco modelos de cadeirinhas com Isofix. Cerca de 5% dos modelos
de veículos no mercado nacional dispõem deste sistema — afirma Lobo, que
destaca que a principal característica do Isofix é permitir uma fixação
mais segura e fácil, se comparada ao cinto de segurança.
No
Brasil, a regulamentação das cadeirinhas foi estabelecida por meio de
uma portaria do órgão de 2007 e contempla requisitos mínimos de
segurança para cadeirinha fixada ao veículo por meio do cinto de
segurança. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, divulgados em
outubro de 2012 e reproduzidos pelo Inmetro, o número de mortes no
trânsito de crianças menores de dez anos caiu 23% no Brasil como reflexo
da “Lei da Cadeirinha”, estabelecida pelo Denatran, em 2008.
O
Isofix foi lançado por uma grande montadora europeia em 1997, na Europa,
em parceria com um fabricante de cadeirinhas que desenvolveu o sistema.
Outras montadoras europeias, mais tarde, incorporaram aos seus veículos
o dispositivo de fixação. Mas só a partir de março de 2011 seu uso foi
regulamentado pela União Europeia. Nos Estados Unidos, embora existam
leis estaduais relativas ao transporte adequado de crianças em
automóveis, por faixa etária, não há regulamentação específica para o
Isofix.
Fonte: O Globo - Online
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