O desemprego no Brasil aumentou para 7,4% da população
ativa no segundo trimestre de 2013, segundo um novo indicador oficial,
publicado nesta sexta-feira pela primeira vez e que substituirá as
velhas estatísticas de emprego.
A nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), de periodicidade trimestral, é mais ampla e detalhada que o
indicador antigo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), publicada
mensalmente e que coloca a taxa de desemprego em 4,6% em novembro
passado.
Ambas as estatísticas, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), são consideradas "oficiais" e conviverão
até dezembro de 2015, quando serão deixadas de publicar a PME, segundo
disse à Agência Efe uma porta-voz deste organismo estatal.
A PNAD Contínua é elaborada com
base em recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e é
realizada com pesquisas com famílias em 3.500 dos 5.500 municípios do
país, enquanto a PME só contabilizava os dados das seis maiores cidades
brasileiras.
Segundo as novas estatísticas, o desemprego se situou no segundo
trimestre de 2013 em 7,4%, enquanto no primeiro trimestre era de 8%,
segundo um comunicado.
Como comparação, a PME considerava que o desemprego era de 6% em
junho e de 5,7% em março, segundo os dados divulgados na época pelo
IBGE.
A população ocupada se manteve praticamente estável e chegou a 90,6
milhões de pessoas, 56,9% do total do país, enquanto a desocupada
diminuiu para 7,3 milhões, graças à queda do desemprego no segundo
trimestre.
Segundo o estudo, 12,4% dos empregados são funcionários públicos,
50,7% estão no setor privado e 6,6% eram trabalhadores domésticos.
Um total de 76,4% dos empregados do setor privado tinham contratos
formais, o que representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação
ao trimestre anterior.
O IBGE informou que no futuro pretende diminuir a defasagem da
publicação dos dados da PNAD Contínua e que ainda está sendo estudada a
possibilidade de divulgá-la mensalmente.
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