sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Juro do rotativo no Brasil é mais caro que na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México

Ao recorrer ao financiamento por meio do crédito rotativo, o consumidor paga uma média de juro anual de 280,82%, de acordo com dados apurados pela Proteste - Associação de Consumidores, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
Ainda nesta pesquisa, foram comparadas as taxas cobradas pelos bancos em dezembro de 2013 com as taxas cobradas pela Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México no mesmo período.
O resultado obtido foi que a taxa praticada no Brasil é 525% maior do que a do Peru, que é o país com a maior taxa dentre os analisados. O Peru, que é o segundo país da região a ter valor maior, cobra 44,8% ao ano e o México, 39,16% anual. O menor percentual é da Colômbia, com 28,31% anual. A pesquisa utilizou como fonte dados do Banco Central do Brasil e pesquisas pela internet.
No Brasil foram levantadas as taxas de juros cobradas no rotativo por 60 cartões de crédito distribuídos por 11 instituições financeiras (Banco do Brasil, Banco IBI, Banrisul, Bradesco, BV Financeira, Caixa, Citibank, Credicard, HSBC, Itaú, e Santander).
A comparação foi com as taxas praticadas em outros países, priorizando a América Latina porque países da zona do Euro aplicam taxas sabidamente inferiores às do Brasil de 17,9% ao ano e Estados Unidos 13% anual, além de boa parte deles não financiar saldos devedores de cartões de crédito.
Comparativo das taxas anuais do cartão de crédito, inflação e taxa básica de juro (em %)
País taxa básica Inflação  Taxa do cartão de crédito
 Brasil  10  5,77 (*)  280,82
 Argentina  20  10,5  35,82
 Chile  4,5  2,3  32,54
 Colômbia  3,2  1,7  28,31
 Peru  3,2  2,9  44,88
 México  3,5  3,6  39,16
(*) Taxa acumulada nos últimos 12 meses – IPCA

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