Ao recorrer ao financiamento por meio do crédito rotativo, o
consumidor paga uma média de juro anual de 280,82%, de acordo com dados
apurados pela Proteste - Associação de Consumidores, em parceria com a
Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
Ainda nesta pesquisa, foram comparadas as taxas cobradas pelos bancos
em dezembro de 2013 com as taxas cobradas pela Argentina, Chile,
Colômbia, Peru e México no mesmo período.
O resultado obtido foi que a taxa praticada no Brasil é 525% maior do
que a do Peru, que é o país com a maior taxa dentre os analisados. O
Peru, que é o segundo país da região a ter valor maior, cobra 44,8% ao
ano e o México, 39,16% anual. O menor percentual é da Colômbia, com
28,31% anual. A pesquisa utilizou como fonte dados do Banco Central do
Brasil e pesquisas pela internet.
No Brasil foram levantadas as taxas de juros cobradas no rotativo por
60 cartões de crédito distribuídos por 11 instituições financeiras
(Banco do Brasil, Banco IBI, Banrisul, Bradesco, BV Financeira, Caixa,
Citibank, Credicard, HSBC, Itaú, e Santander).
A comparação foi com as taxas
praticadas em outros países, priorizando a América Latina porque países
da zona do Euro aplicam taxas sabidamente inferiores às do Brasil de
17,9% ao ano e Estados Unidos 13% anual, além de boa parte deles não
financiar saldos devedores de cartões de crédito.
País | taxa básica | Inflação | Taxa do cartão de crédito |
Brasil | 10 | 5,77 (*) | 280,82 |
Argentina | 20 | 10,5 | 35,82 |
Chile | 4,5 | 2,3 | 32,54 |
Colômbia | 3,2 | 1,7 | 28,31 |
Peru | 3,2 | 2,9 | 44,88 |
México | 3,5 | 3,6 | 39,16 |
(*) Taxa acumulada nos últimos 12 meses – IPCA
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