O
resultado do balanço dos cerca de 2,5 milhões de atendimentos feitos
nos Procons de todo o Brasil, em 2014, confirma as queixas expressas por
boa parte dos consumidores nas conversas entre amigos e nas redes
sociais: os serviços de telecomunicações e bancários ainda são a grande
fonte de dor de cabeça dos brasileiros. Prova disso é que, juntos, os
dois segmentos somam nove das dez empresas mais demandas segundo o
Boletim do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor
(Sindec), obtido com exclusividade pelo GLOBO, que a Secretaria Nacional
do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça divulgará amanhã.
No
ranking geral, as dez primeiras são Oi fixo/celular (196.377),
Vivo/Telefônica (111.778), Claro/Embratel (110.339), Itaú (81.537),
Bradesco (73.552), Sky (67.343), TIM/Intelig (52.374), Casas Bahia/Ponto
Frio/Nova PontoCom (50.585), Caixa Econômica (36.298) e Net (34.876).
Na lista de assuntos mais demandados, a telefonia fixa ficou em primeiro
lugar — reflexo do aumento da venda de combos— ficando a telefonia
celular em segundo, seguida por banco, cartão de crédito e TV por
assinatura.
A
soma das demandas relativas às telefonias celular e fixa com aquelas
feitas sobre bancos e TV por assinatura superam os 760 mil registros. Na
avaliação da titular da Senacon, Juliana Pereira, a quantidade de
reclamações, embora relevante, não é a questão principal:
—
A quantidade de reclamações vai ser sempre grande. São os setores mais
utilizados do planeta. As relações de consumo são impessoais e pode
haver problemas. O que é preciso analisar é como a empresa se comporta
na solução desses problemas. Há companhias que, apesar de ainda
constarem do ranking das mais reclamadas, têm feito um bom trabalho,
reduzindo o número de queixas e melhorando o índice de solução nos
Procons. O que preocupa é quando a empresa mais reclamada é também
aquela, no seu setor, com menor índice de resolução.
Fonte: O Globo
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