A avaliação é dos economistas Demian Fiocca,
diretor da MARE Investimentos, Ernani Torres, professor do Instituto de
Economia da UFRJ, e Leonardo Weller, professor da Escola de Economia da
FGV de São Paulo. Os três foram os convidados do programa
Brasilianas.org, que foi ao ar ontem à noite, na TV Brasil.
“Vejo
vários elementos para uma estabilizaçao até o final desse ano e uma
recuperação no ano que vem: taxa de câmbio melhor, inflação caindo,
capacidade ociosa, sem custos adicionais”, disse Fiocca. No entanto,
“essa exacerbação e até incerteza nos deixa em suspenso sobre a
recuperação. Havendo um grau excessivo de incerteza, nos próximos
passos, mantém-se a pressão negativa.”
Para Weller, de fato a
recessão proporciona “um colchão para crescer”, mas mesmo com a
capacidade ociosa disponível para uma recuperação da produção a curto
prazo com baixo custo, essa via será rapidamente esgotada. “Para falar
num crescimtno a longo prazo é preciso falar de oferta. A produtividade
precisa crescer de alguma forma.”
Torres concorda com certo
otimismo em relação à recuperação do crescimento econômico, embora tenha
apontado “duas bombas” que, em sua avaliação, devem ser resolvidas
antes que fujam ao controle: a dívida dos estados, que ameaça se tornar
um fardo pesado para toda a sociedade; e a atenção com a saúde do
balanço dos bancos brasileiros, que apesar do vigor atual podem vir a
ter problemas caso as empresas brasileiras não se recuperem rapidamente.
De
acordo com pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira, como um todo,
recuou 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas há
indícios de melhora em alguns setores: 12 dos 14 ramos econômicos da
produção industrial investigados pelo instituto apresentaram leve
crescimento na passagem de fevereiro para março deste ano.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário