O salário mínimo aumentou 77,18% acima da inflação desde 2002,
passando de R$ 496 (valor atualizado de acordo com a inflação) para R$
880 em 2016. Os dados foram divulgados neste domingo (1º) pelo
Ministério do Trabalho e Previdência Social. Segundo o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a
valorização alcança diretamente 48,3 milhões de pessoas, que têm seus
rendimentos referenciados no mínimo.
Em 2017, o salário mínimo
deve ser reajustado para R$ 946, conforme a proposta da Lei de
Diretrizes Orçamentárias. Somente neste ano, de acordo com Dieese, o
reajuste deve injetar R$ 57 bilhões na economia brasileira.
Em
mensagem divulgada hoje, o ministro do Trabalho e Previdência Social,
Miguel Rossetto, diz que a classe trabalhadora teve “direitos
importantes melhorados” e ressalta que “este 1º de maio será um dia de
luta pela democracia e pelos direitos sociais conquistados”.
“O
salário mínimo tem garantido uma política de valorização, que fez com
que ao longo desses últimos anos crescesse mais de 80% acima da inflação
e por iniciativa da presidenta Dilma [Rousseff], esta política de
valorização de crescimento e garantia do salário mínimo, está garantida
até 2019. A renda do nosso povo, em média, subiu mais do que 60% acima
da inflação. Todos ganharam", enfatiza o ministro na mensagem.
Previdência Social
De
acordo com o ministério, a política de valorização do mínimo também
impacta diretamente os benefícios da Previdência Social, já que cerca de
70% dos beneficiários recebem o piso – contingente de 22,5 milhões de
pessoas. Em dez anos, o valor médio das aposentadorias, por exemplo, já
acumula ganho real de 34,7%.
“A Previdência Social ampliou,
acolheu mais e mais trabalhadores e trabalhadoras. Em março deste ano,
33 milhões de brasileiros e brasileiras receberam benefícios sociais.”,
afirma Rossetto.
Em 2014, caso os benefícios da Previdência
Social não fossem pagos, 26 milhões de pessoas entrariam na faixa da
pobreza – e não teria ocorrido uma redução de 13,3% entre os mais
pobres. Os dados são de estudo do Departamento do Regime Geral de
Previdência Social, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) de 2014.
“Tivemos um ano de 2015 difícil, nossa economia parou de crescer.
Problemas provocados pela crise internacional, problemas internos e por
essa artificial e irresponsável crise política não ajudaram em nada o
nosso país. Mesmo diante dessas dificuldades, temos que comemorar as
nossas conquistas, que foram muitas, temos que trabalhar para que elas
sejam preservadas. Não vamos aceitar que interesses políticos,
interesses econômicos, que não são os interesses da classe trabalhadora
destruam aquilo que foi conquistado com muito trabalho e com muita
dedicação”, diz Rossetto.
Fonte: Agência Brasil
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