A falta de chuvas poderá levar ao aumento do uso de usinas
termelétricas, significando uma elevação no custo da geração de energia
nos próximos meses. A conclusão é do Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico (CMSE), que se reuniu hoje (8), em Brasília. No entanto, o
grupo decidiu, no momento, não acionar usinas térmicas adicionais.
A
energia produzida por termelétricas é mais cara do que a gerada pelas
hidrelétricas, por exemplo. Quando usinas térmicas mais caras têm que
ser usadas para garantir o suprimento de energia para o país, são
acionadas as bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que significam um
adicional na tarifa de energia dos consumidores.
Durante a
reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que não
há previsão de fortes chuvas nos próximos 30 dias nas principais bacias
do Sistema Interligado Nacional. Conforme avaliação do ONS, o risco de
déficit de energia em 2017 é igual a 0,3% e 0,0%, para os subsistemas
Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
Sobradinho
Na reunião de hoje, o ONS sugeriu recomendar aos órgãos competentes
nova redução na vazão do reservatório de Sobradinho, para preservação
dos estoques armazenados e garantia da segurança hídrica da região.
Atualmente, a vazão mínima está em 700 metros cúbicos por segundo.
Para
o CMSE, os reservatórios da região têm papel fundamental na mitigação
dos riscos de indisponibilidade e de baixa qualidade da água aos
usuários do Rio São Francisco, principalmente em situações de escassez
como a atual. Segundo o comitê, o atendimento eletroenergético no
Nordeste está garantido a partir de outras fontes de geração e pelo
Sistema Interligado Nacional.
Horário de Verão
O
CMSE também definiu hoje que o Ministério de Minas e Energia e o ONS
vão aprofundar os estudos sobre o impacto do horário de verão no sistema
elétrico brasileiro, considerando as mudanças no perfil e na composição
da carga. Segundo o governo, na edição de 2016/2017, o horário de verão
possibilitou uma economia de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução
do acionamento de usinas térmicas durante o período de vigência da
medida.
Roraima
O grupo de trabalho
criado pelo CMSE na última reunião para avaliação do suprimento de
energia elétrica a Roraima informou que irá analisar alternativas que
contribuam para aumentar a confiabilidade, a segurança e a eficiência do
suprimento de energia à região, no curto, médio e longo prazos. Serão
analisadas opções de expansão da geração na região, para reduzir ou até
mesmo substituir geração a diesel, incluindo avaliação de fontes eólica,
biomassa, solar e hidrelétrica.
O Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico tem o objetivo de acompanhar a continuidade e a segurança
do suprimento eletroenergético no país. Participam do grupo
representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, o ONS, a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE).
Fonte: Agência Brasil
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