Os números mostram ainda que, considerando
apenas partos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), o percentual
de partos normais permanece maior – 59,8% contra 40,2% de cesarianas. No
ano passado, segundo a pasta, dados preliminares indicam tendência de
estabilização do índice, que ficou em torno de 55,5%.
Novas diretrizes
Esta
semana, o governo anunciou novas diretrizes de assistência ao parto
normal, que servirão de consulta para profissionais de saúde e
gestantes. “A partir de agora, toda mulher terá direito de definir o seu
plano de parto, que trará informações como o local onde será feito, as
orientações e os benefícios do parto normal”, informou o ministério.
Segundo
a pasta, as medidas visam ao respeito no acolhimento e mais informações
para o empoderamento da mulher no processo de decisão ao qual tem
direito. “Assim, o parto deixa de ser tratado como um conjunto de
técnicas e representa momento fundamental entre mãe e filho”,
acrescentou.
Para o ministério, a estabilização das cesarianas no
país é consequência de medidas como a implementação da Rede Cegonha e
investimentos em 15 centros de Parto Normal; a qualificação das
maternidades de alto risco; a maior presença de enfermeiras obstétricas
na cena do parto e a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar
junto às operadoras de planos de saúde.
ÍNDICE DE CESARIANAS NO PAÍS

Capacitação
A
pasta informou ainda que, por meio de cooperação com a Universidade
Federal de Minas Gerais, vai capacitar profissionais de saúde em 86
hospitais de ensino, localizados nas 27 unidades da Federação, que fazem
mais de mil partos por ano.
“Trata-se de um projeto de
qualificação da atenção obstétrica e neonatal hospitalar com atividades
de ensino, com produção de impacto em toda a rede de serviços da linha
de cuidados da saúde da mulher e da criança. A medida totaliza, em
quatro anos, investimento de R$ 13,6 milhões.”
Riscos da cesárea
Em
2016, o ministério publicou o Protocolo Clínico de Diretrizes
Terapêuticas para Cesariana, com parâmetros que devem ser seguidos pelos
serviços de saúde. A proposta é auxiliar e orientar profissionais da
saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias, já que o
procedimento, quando não indicado corretamente, traz riscos como o
aumento da probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o
recém-nascido e grande risco de morte materna e infantil.
Fonte: EBC
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