A batata registrou as maiores quedas de preço em julho em relação a
junho deste ano. O preço do quilo variou entre R$ 0,69, na Grande Belo
Horizonte, a R$ 1,68, em Fortaleza, o que significou uma queda de até
41,83% - verificada em Brasília - de acordo com o 8º Boletim do Programa
Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort),
divulgado hoje (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Na
outra ponta, o tomate liderou as altas de preço, chegando a uma
variação de até 69,79%, na Grande Vitória. Os preços do quilo, em julho
variaram entre R$ 1,59, em Fortaleza e R$ 3,29, em Brasília. Com um
preço de R$ 1,63, Recife foi o único local onde houve uma queda de
20,41% no custo do tomate.
Os dados são do 8º Boletim Prohort de
comercialização de hortigranjeiros, divulgado hoje (17) pela Conab. O
levantamento é feito mensalmente, por meio do Prohort, com base nas
informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em
julho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Distrito Federal,
Pernambuco e Ceará.
"A batata é o grande destaque, com queda de
4,53% a 41,83%, por conta da safra de Minas Gerais, São Paulo e entorno
de Brasília, em Cristalina (GO). A oferta aumentou em praticamente todas
as Ceasas", diz o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da
Companhia, Erick de Brito Farias.
Em relação ao tomate, Farias
explica que a alta não se deve à falta de produção no país. O clima
favorável possibilitou que o produtor estocasse o produto ou atrasasse a
colheita esperando melhores condições de mercado, o que fez com que a
oferta diminuísse e o preço aumentasse. "Como os preços reagiram em
julho, em agosto já verificamos que os custos estão caindo, porque o
produtor está escoando essa produção. Podemos verificar a
disponibilidade de tomates verdes no varejo, porque o produtor está
aproveitando a alta de preços", analisa.
Frutas
Entre
as frutas, a laranja foi a única que apresentou queda e todos os Ceasas
analisados. Os preços variaram de R$ 1,02 na Grande Belo Horizonte, a
R$ 1,56, em Fortaleza. As quedas foram de 1,82%, verificada em Recife, a
20,18%, em Brasília. Outro destaque foi a banana, com quedas de 3% a
20,60%. Apenas o Ceasa da Grande São Paulo apresentou alta no produto,
de 3,99%. Os preços do quilo da banana variaram de R$ 1,20, na Grande
Curitiba, a R$ 2,52, em Brasília.
As maiores altas foram nos
preços da melancia que aumentaram até 33,11%, na Grande Belo Horizonte. O
preço do quilo ficou entre R$ 0,96, em Belo Horizonte até R$ 1,55, em
Brasília. "O que ocorre com a melancia é a entressafra, alguns produtos
têm troca do primeiro para o segundo semestre, principalmente pelas
condições de clima de solo, e por conta disso, nesse momento, só Uruana
(GO) está oferecendo melancia para as principais centrais de
abastecimento. Nos próximos meses, a colheita do Tocantins deve se
intensificar", diz Farias.
Segundo o gerente, a produção de
hortifruticultura está normal para o segundo semestre. As principais
frutas e hortaliças têm preços em queda ou estáveis. "Alguns produtos
que estão com preço muito baixo, não vêm favoráveis para o produtor",
diz o gerente, "Mas o mercado vai se ajustando, tanto na oferta quanto
na demanda para encontrar um nível bom para os dois lados."
Em
relação à exportação, de acordo com o boletim, as frutas vêm recuperando
o mercado externo. As exportações que tiveram queda em 2016, vêm se
recuperando tanto em quantidade quanto em preços. Em 2016, houve uma
queda de 6,63% na quantidade exportada e de 4,51% nos valores, em
relação a 2015. Em 2017, já foi registrado um aumento de 7,96% na
quantidade exportada e os preços estão 9,66% maiores.
Fonte: Agência Brasil
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