O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira
(23), em Brasília, que o prazo para adesão ao Programa de Recuperação
Fiscal (Refis) deve se estender até 31 de outubro. Incialmente, o prazo
terminaria em 31 de agosto.
Após uma palestra em Brasília no
congresso Aço Brasil, Meirelles disse que o governo segue em negociação
com o Congresso para aprovar a medida provisória (MP) que institui um
regime de refinanciamento de dívidas das empresas com o Fisco. Ele disse
ainda que o governo apresentou uma proposta aos parlamentares e já
recebeu uma contraproposta.
Meirelles destacou, no entanto, que é
preciso deixar uma sinalização muito clara para as empresa de que não é
um bom negócio deixar de pagar impostos. “Estamos viabilizando que as
empresas paguem suas dívidas e voltem a tomar crédito, crescer, mas por
outro lado é importante deixar claro que não é um bom negocio deixar de
pagar imposto e esperar um possível próximo Refis. Não se pode dar esse
incentivo”, disse.
o ministro acrescentou que acredita ser
difícil ter uma definição sobre o Refis ainda esta semana. “Depende de
acordo. Existem diversas alternativas, desde uso de crédito fiscais,
prazos mais longos e desconto e existe um ponto importante que é a
diferenciação entre as empresas que têm pequenos débitos tributários e
empresas maiores que têm uma dívida maior. É todo um processo de
negociação de diversos setores. Não é muito produtivo anunciarmos que
vai ser assim ou assado”, disse.
Raspadinha
Henrique Meirelles disse ainda que
o governo pretende privatizar a loteria Instantânea da Caixa, a Lotex,
mais conhecida como raspadinha. No jogo, os apostadores conhecem
imediatamente o resultado, sem necessidade de sorteio ou concurso.
“Estamos
em andamento, conversando com a Caixa”, disse o ministro. Sobre a
proposta de privatização da Eletrobras, Meirelles disse que está
avançando na definição do formato e assim que houver decisão será
anunciada.
Crescimento econômico
Durante a
palestra, o ministro disse que, com o teto dos gastos públicos já
definido e a reforma da Previdência ainda em tramitação no Congresso, o
governo quer reduzir as despesas públicas que chegaram a cerca de 20% no
ano passado para 15,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos.
O
ministro disse que fazendo as reformas, incluídas as microeconômicas, e
assim reduzindo o tamanho do estado, a economia brasileira poderá
crescer entre 3,5% e 4%, por ano.
Fonte: Agência Brasil
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