Em discurso para empresários do setor da siderurgia, o presidente
Michel Temer afirmou ontem (22) que o governo estuda modificações no
programa Reintegra, que permite a restituição a exportadores de parte
dos tributos pagos antecipadamente. Segundo Temer, a medida tem como
objetivo estimular o setor, afetado pelo excesso de demanda,
principalmente em virtude da grande produção chinesa.
“Diante do
desafio do momento atual, quero assegurar a cada um dos senhores e das
senhoras que somos sensíveis a esses desafios e me refiro aqui à questão
do Reintegra”, discursou Temer.
Atualmente, a alíquota do
programa está em 2%. “As dificuldades atuais são muitas, e a primeira
ideia era eliminar os 2%, e a ideia que permaneceu foi de manter nos 2%.
Mas, ainda agora, conversando com os dirigentes do setor do aço,
estamos ajustando uma conversa de todos com a área econômica do governo
para verificar ainda se é possível uma modificação em face de tudo aqui
que foi dito”, acrescentou o presidente durante a abertura do 28º
Congresso Aço Brasil, em Brasília.
Temer, que viaja à China em
setembro, disse que pretende conversar sobre o tema com o governo
chinês. “Vou à China e carregarei na minha bagagem e nas minhas fichas a
manifestação e preocupação que ouvi aqui. Evidentemente levarei essa
preocupação porque a ação internacional da China, que é um parceiro
comercial importante, não pode, naturalmente, nos prejudicar.”
Reforma da Previdência
Em
seu discurso, o presidente elencou diversas medidas adotadas pelo seu
governo para melhorar o ambiente econômico do país, como a aprovação da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos Públicos e as
reformas trabalhistas e da educação, que estão, segundo ele, “colocando
país nos trilhos”. Temer ressaltou a importância de se aprovar também a
reforma da Previdência.
O presidente pediu o engajamento dos
empresários na defesa da reforma. “Vamos continuar com as reformas, com a
reforma tributária, e não abandonaremos a reforma da Previdência
Social. Aqui eu peço o engajamento dos senhores e das senhoras.”
De
acordo com Temer, se a reforma não for aprovada, em pouco tempo o país
“só terá dinheiro para pagar pensões e servidores públicos”. “É precisos
o engajamento de todos nessa tarefa porque temos que realizá-la neste
semestre. Quando peço engajamento, basta que na sua casa fale sobre
isso, na reunião com amigos fale sobre isso, se escrever um artigo, fale
sobre isso, se der uma entrevista, fale sobre isso. É importante para o
Brasil.”
Fonte: Agência Brasil
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