Não, não estou falando do Banco Imobiliário, que ganha uma edição que agrega tecnologia ao tradicional tabuleiro do jogo. Estou falando de bancos reais que estão se transformando em bancos virtuais. Para começar, é importante reconhecer que os serviços bancários atravessaram o século antenados com a Revolução da Informação, sempre com o conceito de que “se você não vai ao banco, ele vem até você”.
Como sempre, os bancos saem na frente, antecipando o lançamento de tecnologias que depois, com o tempo, passam a fazer parte do nosso dia a dia. O pioneirismo bancário em tecnologia de ponta não é mera coincidência. A questão agora são as redes sociais, que fazem parte da Revolução Digital e que mudaram a forma de relacionamento entre pessoas, marcas, negócios e instituições.
Os bancos até agora estão limitando suas atuações em mídia social para marketing e atendimento a clientes pelo Twitter e Facebook. Mas as instituições financeiras e fornecedores de produtos financeiros estão cientes de que podem obter dados sociais de seus clientes potenciais para decisões de crédito e para determinar os aspectos do seu relacionamento, incluindo as taxas e preços dos produtos.
Todos os bancos sabem que estas informações e esta nova forma de relacionamento podem ser fundamentais para a manutenção da base de clientes. A questão central será o approach, o timing e a regulamentação disso!
Pois bem, Brett King, autor do livro “Banco 2.0″ é fundador do primeiro banco virtual do mundo, o MovenBank Corp Ltd. Trata-se do banco do futuro, sem agências. Ele não “abriu as suas portas” ainda, mas já foi lançado em 2011, pretendendo ser um banco móvel para a era do smartphone. É um modelo de banco que utiliza as tecnologias social, móvel e de gamificação.
O banco vai operar, além dos elementos e princípios básicos bancários, na capacidade do cliente em agir como um referencial, seja pela sua influência ou por sua relevância no universo virtual. Este formato pode apoiar a decisão de crédito e conduzir a aquisição de outros produtos, além de ampliar o relacionamento com aspectos de recomendações e conexões.
O MovenBank planeja usar informações do Twitter, Facebook e outras redes sociais não apenas para abertura de conta, mas para todo o relacionamento. Ele desenvolveu um produto de pontuação chamado CRED, que é uma combinação de elementos de pontuação tradicionais e meios de comunicação social de um consumidor.
Usar as redes sociais para decisões de crédito já é uma realidade em sistemas de analise de risco na web. Empresas como Weemba Inc. e SoMoLend LLC atuam neste segmento. O primeiro banco no mundo a NÃO ter agência física e que NÃO vai emitir um cartão de plástico (débito/crédito/ATM) quer ir além e aposta na tecnologia NFC (Near-Field Communication) dos telefones modernos para fazê-los funcionar como um dispositivo de pagamento. Assim, eles alegam que as taxas bancárias serão infinitamente menores.
Se a novidade vai pegar e se o Movenbank é mesmo o futuro, eu ainda não sei, até porque muitas dúvidas ainda precisam ser respondidas. Por exemplo, como sacar o dinheiro? Isso será feito em lojas que aceitem NFC? Uma coisa é certa: as pessoas estão cada vez mais conectadas e, por conta disso, estão indo cada vez menos às agências bancárias, onde os serviços estão piorando.
Como aproveitar as redes sociais para envolver dinheiro, clientes e bancos? As mudanças já começaram. Pense Nisso!
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