Imagine um banco como se fosse um supermercado. Você entra, sem ter de enfrentar o constrangimento de uma porta giratória cheia de detector de metais, escolhe os produtos dispostos na prateleira, como seguro, crédito consignado, obtém informações sobre eles por meio de um filme explicativo e ainda tem à disposição um funcionário para auxiliá-lo. Detalhe: a transação pode ser fechada muito além do horário comercial, isto é, das 7h às 23h, de segunda a sexta-feira.
Essa agência bancária não é ficção científica. Desde o dia 10 deste mês, o Banco do Brasil iniciou a operação de um projeto do que seria o banco do futuro. Escolheu a agência Trianon, localizada na avenida Paulista, no centro financeiro da capital paulista, para testar os novos conceitos do varejo bancário.
"Queremos desmistificar a complexidade dos produtos bancários, que são fáceis e simples de serem contratados. Para isso buscamos a inspiração no varejo", afirma o gerente executivo da Diretoria Pessoa Física do banco, Lourivaldo Paula Lima Jr. Ele conta que durante uma ano e meio foram realizados vários estudos e pesquisas com consumidores para desenhar o que seria uma agência mais próxima do cliente. Nesses estudos constatou-se um paradoxo: na era da alta tecnologia, o cliente do quer autoatendimento e a presença de alguém lhe dando atenção. "Nada substitui o gerente."
Com os produtos financeiros disponíveis em "caixinhas" dispostas na prateleira, o cliente obtém informações num filme e pode fazer simulações acionadas pelo código de barras do produto. Isso não elimina o atendimento de funcionário. Na agência piloto, o cenário é de uma sala de estar. Em 6 meses, o projeto será avaliado. A depender do resultado, o BB fará um plano para estender o modelo a outras agências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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