segunda-feira, 24 de junho de 2013

“Tudo no Brasil é mais caro do que no exterior”

“Tudo no Brasil é mais caro do que no exterior”. A afirmativa de Ricardo Amorim, um dos economistas mais influentes do mundo e presidente da Ricam Consultoria, empresa que presta assessoria econômico-financeira de investimentos e estratégia para clientes no mundo todo, ilustra o cenário brasileiro onde tudo é "caro". O especialista ministrou a palestra “Transformações econômicas no Brasil e no mundo e desafios e oportunidades do setor financeiro” na manhã desta sexta-feira (14/06), durante o Congresso Internacional de Automação Bancária, promovido pela Federação Brasileira de Bancos - Ciab Febraban 2013.
De acordo com o economista, entre mais de 150 países emergentes, o Brasil é o terceiro maior em volume de carga tributária total. Ele descobriu em uma pesquisa que entre as 50 cidades mais caras do mundo, três são brasileiras (Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo). “Tudo no Brasil é mais caro do que fora. Temos impostos de país rico e serviço público de país pobre. Um amigo meu chama isso de burocracia”, diz ele.  
O especialista coloca que apesar desse cenário o Brasil é um país que está “condenado” a crescer, devido a todos os fatores favoráveis a sua economia interna. Nos últimos 10 anos, 59 milhões de pessoas das classes que emergem tornaram-se consumidores potenciais de diversos produtos e serviços, inclusive bancários. “De uma hora para outra centenas de milhões de pessoas na China, na Índia e no Brasil viraram consumidores emergentes”, coloca. 
Ele aponta que o Brasil tem crescimento relativamente baixo, mas na comparação com outros países está se saindo bem. O aumento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de países como Estados Unidos, Europa e Japão nos últimos 10 anos foi de 1,1%, ou seja, o “pibinho” brasileiro do ano passado. “O Brasil cresce o dobro sem resolver nada, por sorte”, analise. 
Para Amorim é hora de o governo aproveitar o cenário econômico e impulsionar o investimento e não o consumo – como feito pelo Governo nos últimos anos. Com o crescimento da oferta o país ser tornaria um competidor global com maior potencial.
Fonte: Uol 

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