A quantidade de mulheres que ocupam o posto de CEO (Chief Executive Officer) no Brasil cresceu mais de 300% em um ano, revelou o estudo IBR 2013 (International Business Report). Em 2012, apenas 3% das empresas eram lideradas por mulheres - índice que aumentou em 14% em 2013.
A pesquisa mostra que o mundo segue a mesma tendência. Mais de 14% das mulheres são CEOs em todo o mundo atualmente, ante 9% apurado em 2012. A pesquisa foi feita com 12.500 empresas em 44 economias, sendo que no Brasil, foram pesquisadas 300 empresas.
O País com maior número de CEOs mulheres é a Tailândia, onde quase a metade das empresas é liderada por mulheres. O país é seguido pela Dinamarca (45%), Alemanha (40%), Latvia (38%), Estônia (30%) e Itália (29%). Na contramão, o Reino Unido, Polônia, Hong Kong e Índia têm os menores índices de mulheres no cargo, todos com 4%.
De acordo com o IBR, no Brasil, 23% das mulheres ocupam cargos de liderança, percentual semelhante ao resultado global (24%) e menor (3 p.p) do apresentado no passado.
Mercado delas
Apenas 14% das companhias pesquisas revelaram ter planos específicos para contratar ou promover mulheres para cargos de liderança nos próximos 12 meses. Além disso, 33% disseram não ter nenhuma mulher em posição de liderança.
“Na prática ainda é um dilema a mulher assumir cargos de liderança, tendo em vista seu perfil multitarefas. O mercado ainda exige que as mulheres tenham um perfil masculino para chegar lá. No entanto, elas estão correndo atrás e buscando se aperfeiçoar cada vez mais para galgar melhores colocações dentro das empresas.”, diz a sócia da Grant Thornton Brasil, Ana Claudia Oliveira.
Dentre as que estão no alto escalão no País, grande parte ocupa cargos em Recursos Humanos (32%) e como diretora de vendas e CFO (Chief Finance Officer), ambos com 27%. A pesquisa mostrou também que apenas 13% de mulheres ocupam posição no conselho das empresas brasileiras. Ainda assim, 57% apoiam a introdução de quotas em grandes companhias abertas para participação de mulheres nos boards.
Globalmente, o setor de saúde é o que possui maior percentual de mulheres em posição de liderança (45%), seguido pelo de educação e serviços sociais (44%) e hospitalidade (41%). Os segmentos de construção e imobiliário e mineração são os que menos possuem mulheres liderando, ambos com 19%.
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