quinta-feira, 20 de junho de 2013

Brasileiro não sabe identificar no rótulo os nutrientes dos alimentos

Um estudo realizado pela Consumers International em nove países e divulgado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mapeou a relação do consumidor com a rotulagem dos alimentos industrializados, a fim de mobilizar os Estados membros da OMS a implementar as recomendações do Plano de Ação, apresentado em Genebra, na Assembleia Mundial de Saúde.
Foram apresentadas aos consumidores imagens de alimentos industrializados populares sem e com uma informação nutricional simples. No caso do Brasil, foram quatro tipos de biscoitos “cream cracker”.
Exemplo de semáforo nutricional no Reino Unido.
Mais de três mil consumidores responderam a um questionário que demonstrou os desafios enfrentados na escolha de uma dieta saudável. O Brasil, entre os três países com maior número de participantes (786), foi o que obteve o pior resultado, apenas 28% de acertos, considerando a possibilidade de avaliar os níveis de nutrientes dos biscoitos.
No entanto, quando o mesmo produto continha informação clara e consistente na parte frontal da embalagem, a porcentagem de acertos na identificação da quantidade de gordura e sal foi de 84%, um valor três vezes maior ao comparar com as respostas sem o semáforo nutricional, um recurso visual que traz cores que indicam se um nutriente está em quantidade ideal, quase no limite do recomendado para um dia ou se aparece em excesso. Esta ideia foi criada no Reino Unido, pela Food Standards Agency (FSA), com o objetivo de orientar o consumidor na escolha de produtos mais saudáveis.
A quantidade de acertos aumentou ainda mais, chegando a mais de 90%, quando o semáforo nutricional foi utilizado para comparar um produto com o outro. “Quanto ao açúcar, no Brasil as indústrias não são obrigadas a declarar o valor desse nutriente no rótulo, o que torna a tarefa de escolher opções saudáveis mais difícil. O quiz não permitiu reproduzir exatamente a análise dos rótulos feita pessoalmente, porém trouxe resultados importantes em relação ao uso e o entendimento do ‘semáforo nutricional’ na embalagem”, explica a nutricionista Ana Paula Bortoletto.
Fonte: Uol

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