quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Preços de carros novos podem subir, em média, 6,5% com o fim da redução do IPI em 2014


 
Nilson Cavalcanti foi à concessionária para aproveitar a redução do IPI
A contagem regressiva para a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre os automóveis tem provocado uma corrida às concessionárias do Rio. A partir da próxima quarta-feira (dia 1º), a alíquota para carros com motor 1.0 — os chamados populares — passará de 2% para 3%. Os veículos com motores acima de mil e abaixo de duas mil cilindradas terão o percentual reajustado de 7% para 9%. O fim do incentivo fiscal somado às exigências de instalação de airbags e freios ABS nos novos modelos fabricados no país a partir de 2014 deverão elevar os preços em 6,5%, em média, ao longo do ano. A previsão é da consultoria Tendências.
— A partir de fevereiro, os preços tendem a ser gradualmente corrigidos — disse Rodrigo Baggi, analista do setor automotivo da entidade.
Diretores de concessionárias ouvidos pelo EXTRA dizem que as últimas unidades com o IPI reduzido devem acabar já em janeiro.
— Se continuar esse movimento forte que estamos tendo, só teremos unidades (com o imposto menor) até o mês que vem — disse Elisângela Carvalho, diretora do grupo Viamar, da rede Chevrolet.
Francisco Veríssimo, diretor do grupo Distac, da Volkswagen, conta que, somente até as 16h da quinta-feira passada, a agência vendeu 36 carros, o dobro da média diária:
— O cliente vê que é um bom negócio comprar agora.
Foi o que pensou o encarregado de manutenção industrial Nilson Cavalcanti, de 46 anos, que foi à concessionária comprar um Gol para a esposa.
— Eu vim aqui exatamente por isso, pra saber se o aumento vai acontecer mesmo. É melhor comprar logo. O preço do carro que eu escolhi subirá uns R$ 3 mil (com o fim da redução do IPI). É um valor que já faz uma diferença.
Os especialistas do setor, no entanto, também afirmam que algumas lojas podem optar por não repassar o aumento. Elis Siqueira, coordenador da área de inteligência de mercado da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) avalia que a grande oferta de automóveis e a forte competição devem impedir os aumentos.
— A oferta da indústria de novos está superando a demanda. Existe uma competição bastante grande entre os fornecedores de novos. Isso faz com que os preços tendam a cair, independentemente de IPI. O mercado está muito bem abastecido de ofertas de veículos. Isso faz com que no mercado de usados haja uma redução dos preços ainda maior do que nos novos. Isso significa que o mercado está excelente tanto para os veículos novos quanto usados.
Fonte: Extra - online

Nenhum comentário:

Postar um comentário