O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado
hoje (23) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), aumentou 1% em agosto, na comparação com julho, na série
com ajuste sazonal. Apesar da menor variação, é o quarto aumento mensal
consecutivo, e o resultado foi influenciado pela melhora na avaliação
das condições correntes (+8,3%) e nas intenções de investimentos
(+1,8%).
Em relação a julho do ano passado, o Icec aumentou 9,4%,
segunda taxa positiva nessa base de comparação desde julho de 2013. No
entanto, o índice ainda ficou em patamar abaixo do nível de indiferença
(100 pontos), reflexo da contínua redução das vendas e da atividade do
comércio.
De acordo com a economista Izis Ferreira, da CNC, a
atividade do comércio ainda não mostra perspectiva de recuperação no
curto prazo, embora haja diminuição no ritmo de queda das vendas. “As
condições do mercado de trabalho, com desemprego e elevado
comprometimento da renda dos consumidores, seguem influenciando
negativamente o consumo. Entretanto, a confiança dos varejistas tem
evoluído positivamente, após o indicador ter atingido a mínima histórica
no fim do ano passado."
Otimismo moderado
Além
da alta mensal de 8,3% no subitem que mede as condições correntes do
Icec, a avaliação mostra melhora desde fevereiro deste ano na avaliação
mensal dessazonalizada. Apesar disso, o índice continua em patamar muito
baixo – no ano, teve a primeira variação positiva (+9,4%) desde o
início da série histórica, em março de 2011, a despeito de o índice base
de comparação (agosto 2015) ter sido também muito baixo.
Segundo
a economista Izis Ferreira, os comerciantes estão conseguindo ajustar
os estoques. “Verificamos a desaceleração na queda das vendas no varejo,
mas no curto prazo ainda seguem ausentes fatores que indicam retomada
do crescimento da atividade do comércio. As condições ainda ruins do
mercado de trabalho e o crédito caro mantêm a demanda em níveis baixos e
dificultam a recuperação mais rápida do varejo”.
Fonte: EBC
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