Muita gente vive de aluguel, mas a maioria preferiria ter uma casa
própria. Porém, os preços às vezes assustam. Para a maioria dos
brasileiros, comprar um imóvel parece um sonho irrealizável. O preço dos apartamentos à venda
em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, parece
elevado demais para o bolso de boa parte da população. No entanto, a
realidade não é bem assim. A compra do apartamento próprio é um projeto
de longo prazo, por isso requer planejamento muito bem feito.
Com
uma boa dose de disciplina nos gastos a compra da casa própria é um
sonho perfeitamente realizável. Outro problema é que a situação atual do
país com aumento do desemprego e juros elevados pode desestimular
muitos. Por outro lado, o mercado imobiliário também sente os efeitos da
crise, abrindo uma excelente oportunidade de negociar valores menores
pelo apartamento à venda.
O financiamento da casa própria
acompanhará o comprador por décadas e, portanto, é preciso estar
preparado. Antes de se comprometer com o pagamento de prestações por
tantos anos, é preciso estar convicto da decisão de comprar o imóvel e
se planejar bastante. Caso contrário, o sonho da casa própria pode virar
o pesadelo da sua vida. Confira algumas dicas para evitar a devolução
do imóvel a construtora.
Como comprar sua casa própria com menos riscos de devolução do imóvel
Tenha dinheiro suficiente para quitar o valor da entrada
Instituições
financeiras costumam abrir linhas de créditos para financiar no máximo
até 80% do valor total do imóvel. Uma dica importante para conseguir seu
financiamento é juntar o máximo de dinheiro possível para abater uma
parcela maior do valor do imóveis e assim obter um financiamento em
melhor condições, seja com prazo ou prestações menores. Quanto mais você
pagar nesse início do financiamento, menos irá desembolsar nas
prestações futuras. Dessa forma, a chance de você ter que devolver o
imóvel por falta de dinheiro é bem menor.
Aprenda a economizar
Uma
das consequências de comprar a casa própria é sentir seu padrão de vida
cair um pouco. Pelas próximas três décadas, você precisará viver com
30% a menos do seu salário. Já que esse costuma ser o valor das
prestações que virão pela frente.
A dica é treinar o quanto antes e
viver sem esse dinheiro. E de preferência traçar estratégias para
aumentar sua renda. Dessa forma, você não cairá em tentação de usar essa
quantia destinada à compra do seu apartamento para outras coisas.
Para
isso, o ideal é economizar e aplicar em investimentos de baixo risco
como fundos de renda fixa (CDB e CDI) ou a boa e velha poupança.
Lembre-se que na primeira opção, o seu dinheiro não poderá ser usado por
um período determinado.
Leve em conta também outras despesas
Outro
problema que pode resultar em um imóvel devolvido é não ver o todo. Ou
seja, não é só o pagamento do financiamento em si. Há outros gastos
adicionais. Para se ter uma ideia, de acordo com especialistas, eles
chegam a cerca de 4% do valor do imóvel.
Dessa forma, a pessoa precisa inserir no seu planejamento da casa própria, pelo menos, as despesas fixas como:
? Valor do condomínio
? Seguro
? Contas diversas (água, luz, IPTU, telefone, etc.)
? Custos com alimentação
? Seguro
? Contas diversas (água, luz, IPTU, telefone, etc.)
? Custos com alimentação
Fora outros gastos adicionais durante a compra do imóvel como:
? Escrituração
? Custos com cartório e documentação
? Despesas extras do próprio financiamento
? ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)
? Avaliação do imóvel
? Análises jurídicas
? Custos com cartório e documentação
? Despesas extras do próprio financiamento
? ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)
? Avaliação do imóvel
? Análises jurídicas
Custo de vida
Outra
variável que precisa entrar na equação da casa própria é o bairro em
que você irá morar. Isso porque o estilo de vida local vai influenciar
no preço de tudo. Por exemplo, você acha que uma pessoa que mora no
Jardim Europa, em São Paulo, paga o mesmo no pão que um morador de
Santana?
Basta lembrar que o primeiro bairro, tem um dos metros
quadrados mais caros da capital paulista. Dessa forma, só o alto IPTU e
condomínio já justificam um preço maior em tudo no Jardim Europa.
Mas,
isso não significa que em Santana não se viva bem. Só comprova que lá
se paga menos em alimentação, vestuário e tem um estilo de vida menos
caro. Numa situação como essa, vale a pena você pensar onde seria o
melhor lugar para você comprar apartamento em São Paulo, sem correr o
risco de ter que devolver o imóvel por problemas financeiros.
Fonte: R7
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