Com o 13º salário na conta, muita gente pensa “oba, vou torrar
tudo!”. Mas o ideal é, primeiramente, quitar as dívidas e, depois,
separar o necessário para pagar as contas que chegam no começo do ano,
como IPVA, IPTU, licenciamento do carro, material escolar etc. Se houver
planejamento, sobrará até uma graninha para comprar os presentes de
Natal, planejar as próximas férias, reformar a casa, realizar um sonho
de consumo ou investir em alguma aplicação.
Veja, a seguir, algumas dicas:
Para quitar dívidas
A
dica é tentar pagar primeiro os débitos que possuem maiores taxas de
juros, como o cartão de crédito e o cheque especial. Em seguida, procure
quitar os créditos parcelados. O consumidor que pagar esse tipo de
dívida antes do prazo tem direito a desconto, de acordo com o artigo 52
do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece que sempre que
um débito for liquidado antecipadamente, é garantido o abatimento
proporcional de juros e demais acréscimos. Essa regra vale para qualquer
tipo de crédito ou financiamento: empréstimos pessoais, financiamento
de veículos, crediário em lojas de varejo etc.
Se o
valor recebido não for suficiente para liquidar a dívida, o consumidor
pode adiantar o pagamento de algumas parcelas, pois a quitação parcial
também dá direito a descontos. Para saber de quanto será o desconto, o
consumidor pode verificar em seu contrato quanto é cobrado de juros em
cada parcela. Essa tarefa se torna mais fácil com o Custo Efetivo Total –
que detalha a composição dos custos -, obrigatório em todos os
contratos de crédito.
Além disso, os bancos e as
lojas não podem cobrar nenhum tipo de tarifa pela liquidação antecipada,
conforme determina a Resolução nº 3.516/07 do Banco Central. Essa regra
vale apenas para contratos celebrados a partir de dezembro de 2007.
Para os firmados antes, é preciso negociar com a instituição.
Em
caso de contratos de arrendamento mercantil ou leasing, se a quitação
for feita antes de 24 meses, o banco pode cobrar uma multa pela quebra
de contrato antes do prazo pré-estabelecido.
Para pagar contas
Se
você não tiver dívidas, reserve uma parte do seu 13º salário para pagar
contas como IPVA, IPTU, licenciamento do carro e para comprar o
material escolar dos filhos, caso os tenha. Tente negociar o pagamento
da matrícula e da mensalidade escolar das crianças e pesquise com
bastante antecedência o preço do material escolar. Procure pagar à vista
para conseguir bons descontos. Além disso, aproveitar materiais usados
no ano anterior e que ainda estão em bom estado é, além de uma medida
econômica, sustentável.
Para poupar
Inicie
uma reserva financeira (poupança ou outro tipo de investimento) para
uma eventual emergência durante o próximo ano ou para aplicar em um novo
projeto ou realização de um sonho. Contudo, o hábito de poupar deve ser
mensal, ou seja, guarde uma parte do seu salário todo mês assim que
recebê-lo.
Para aproveitar a vida
Se
a ideia for comprar um bem de consumo ou presentes de Natal para os
familiares, pesquise o preço em vários estabelecimentos físicos e
virtuais (há várias ferramentas de comparação de preço que ajudam nessa
hora).
Outra dica é fugir do financiamentos e do
parcelamentos. Também evite usar o cartão de crédito e passar cheques
pré-datados. Pagar a vista é uma ótima forma de controlar os gastos e,
ainda, obter bons descontos (se eles não forem oferecidos, não hesite em
pedi-los!). Caso não seja possível essa forma de pagamento, preste
atenção aos juros que serão cobrados. Faça os cálculos e veja se aquele
gasto cabe no seu orçamento e se aquelas parcelas não o deixarão
apertado nos meses seguintes.
Além disso, pesquise o preço dos itens que irão compor as ceias de Natal e Ano Novo em vários supermercados e feiras.
Se
o desejo é trocar de carro, avalie se o 13º salário pode ser
parcialmente utilizado. O ideal é não depender de créditos. Já se for
viajar, reserve uma parte do 13º para cobrir gastos com hospedagem e
passagens, por exemplo. Evite usar o cartão de crédito, principalmente
fora do país.
Fonte: Idec
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