A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) deverá terminar o ano abaixo do centro da meta, de 4,5%. A
estimativa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que
divulgou ontem (10) a Carta de Conjuntura para o primeiro
trimestre de 2017. O órgão não divulgou uma estimativa específica para o
IPCA, apenas informou que o indicador deverá encerrar o ano abaixo de
4,5%.
Para o Ipea, os preços administrados (como energia, transporte e
outras tarifas públicas) subirão levemente este ano, depois de registrar
deflação no ano passado. O fenômeno deverá elevar a inflação no último
trimestre, mas em ritmo insuficiente para ultrapassar o centro da meta.
Alimentos
De
acordo com o Ipea, a expectativa é de continuada desaceleração dos
índices de preços no restante do ano, graças ao comportamento dos preços
livres. Segundo o instituto, o destaque é o preço dos alimentos, que
este ano deve subir menos ou, em alguns casos, cair, como resultado do
aumento de safra de grãos e de oleaginosas e da não ocorrência de
fenômenos climáticos nas principais regiões produtoras como os
verificados nos últimos dois anos.
Em relação a fatores externos que podem influenciar a inflação, o Ipea informou que os preços das commodities (bens
primários com cotação internacional) vão estacionar nos próximos meses
por causa de três fatores. A extração de petróleo será contrabalançada
pelo aumento da produção norte-americana de petróleo de xisto, as safras
nos hemisférios Sul e Norte devem aumentar, e a decisão da China de
refrear o crescimento econômico deve retrair a demanda global por
minério de ferro.
Fonte: EBC
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