O Banco Central (BC) informou, em nota, hoje (18) que está
monitorando o impacto das informações divulgadas pela imprensa e atuará
para manter a plena funcionalidade dos mercados.
Ontem, foi
divulgada informação de que o empresário Joesley Batista, dono da JBS,
teria gravado o presidente Michel Temer dando aval para a compra do
silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em
Curitiba, na Operação Lava Jato.
"Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais", disse o BC.
"Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais", disse o BC.
Ontem à noite, a Presidência da República divulgou nota
na qual informa que o presidente Michel Temer "jamais solicitou
pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha". A nota
diz que o presidente "não participou nem autorizou qualquer movimento
com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo
ex-parlamentar."
Tesouro divulga nota
O
Tesouro Nacional divulgou hoje (18) nota informando que "permanece
monitorando os impactos decorrentes dos fatos políticos mais recentes, e
adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a
adequada liquidez dos mercados". O Tesouro também informou vai atrasar a
abertura do Tesouro Direto. “Devido à forte volatilidade nas taxas de
juros dos títulos públicos nesta manhã, informamos que o Tesouro Direto
atrasará a abertura do mercado”.
Por volta das 10h, o Tesouro
Nacional informou ainda que, em razão da volatilidade observada no
mercado, não realizará os leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional
(LTN), com vencimentos em abril de 2018 e 2019 e em julho de 2020.
Também não será promovido leilão de Letras Financeiras do Tesouro
Nacional (LFT), com vencimento em março de 2023.
Ações brasileiras caem no exterior
As
ações brasileiras negociadas em Nova York caíram após notícias de que o
empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria gravado o presidente
Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para Leandro Ruschel, diretor da Liberta
Global, escola internacional de investidores do Grupo L&S, Leandro
Ruschel, essa movimentação sugere que haverá forte queda nas ações na
Bolsa de Valores brasileira no pregão de hoje (18), além de forte alta
no dólar.
De acordo com Ruschel, no after-market dos
Estados Unidos, período de negociações após o horário regular do pregão,
ações brasileiras apresentaram baixas de mais de 10%. O EWZ, fundo que
reúne as principais ações brasileiras negociadas no exterior, fechou com
uma queda de 14%, informou Ruschel.
Segundo o especialista, o
mercado precifica o aumento “brutal” da incerteza com os desdobramentos
dos fatos políticos brasileiros. Em relação à reforma da Previdência,
que é uma condição necessária para equilibrar as contas públicas, com
esse cenário fica inviável a aprovação, avaliou Ruschel.
Fonte: EBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário