O número de consumidores inadimplentes caiu, segundo pesquisa da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A estimativa é de 59 milhões de
pessoas físicas negativadas no país, ao final de abril. De acordo com
dados divulgados hoje (10), o número representa 39,19% da população com
idade entre 18 e 95 anos.
Na variação anual, o indicador teve
queda de 1,6%, comparado ao resultado de abril de 2016. Essa foi a
segunda vez, desde o início da série histórica em 2010, que há uma queda
anual. Na passagem de março para abril, a inadimplência no país
registrou queda de 0,35%. Após crescer a taxas próximas a 5% entre o
final de 2015 e início de 2016, o indicador teve sucessivos recuos
mensais ao longo do ano passado.
“Essa desaceleração do
crescimento da inadimplência ocorre desde o segundo trimestre de 2016 e
reflete tanto a recessão econômica, que reduziu a capacidade de
pagamento das famílias, quanto a redução da tomada de crédito por parte
dos consumidores e sua propensão a consumir”, explica o presidente da
CNDL, Honório Pinheiro, em nota: “O consumidor tem tido maior cautela
com o consumo, além de maior dificuldade para conseguir crédito. Assim,
ele se endivida menos e, com isso, torna-se mais difícil ficar
inadimplente”.
A estimativa por faixa etária indica que a maioria
dos negativados tem entre 30 e 39 anos. Em abril, metade da população
(49,83%) com essa idade estava com o nome incluído em listas de proteção
ao crédito – de um total de 17 milhões de pessoas. Também é
significativo o percentual de endividados entre 40 e 49 anos (47,06%),
bem como entre os consumidores de 25 a 39 anos (46,34%).
Região Sudeste
De
acordo com os dados, a Região Sudeste é a que concentra, em termos
absolutos, o maior número de negativados, somando 24,9 milhões de
consumidores, o que representa 38,17% da população adulta da região.
Em
seguida aparecem o Nordeste, com 15,6 milhões de negativados (39,19% da
população); o Sul, com 8,29 milhões (37,16%); o Norte, 5,35 milhões
(45,77% – o maior percentual entre todas as regiões); e o Centro-Oeste,
com um total de 4,84 milhões de inadimplentes (42,18% da população).
Bancos
O
levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do
Serviço de Proteção ao Crédito mostra também que os bancos concentram a
maior parte das dívidas no país (48,36% do total). Em seguida, vem o
comércio (20,26%) e o setor de comunicação (13,51%).
Os dados por
setores revelam que o segmento de água e luz foi o único a apresentar
crescimento anual do número de pendências em abril, com alta de 3,19%.
Já o setor de comunicação teve a maior queda, de -17,35%. Em seguida
aparecem os bancos (-5,02%) e o comércio (-7,10%).
Fonte: Agência Brasil
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