A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito caiu em abril,
quando ficou em 422,5% ao ano, informou ontem (25) o Banco Central (BC). A
queda em relação a março, foi de 67,8 pontos percentuais.
O
rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o
valor integral da fatura do cartão. Já a taxa do crédito parcelado subiu
3,1 pontos percentuais e passou para 161,6% ao ano. No caso do crédito
rotativo do cartão migrado para o parcelado, a taxa ficou em 151,2% ao
ano.
Março foi o último mês em que os consumidores puderam usar o rotativo
sem tempo definido. Desde abril, os consumidores que não conseguem
pagar integralmente a fatura do cartão de crédito, só podem ficar no
crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras
a transferir para o crédito parcelado, que cobra taxas menores.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque
especial ficou em 328,3% ao ano, com aumento de 0,3 ponto percentual, e a
taxa média de juros para as famílias caiu 4,6 ponto percentual para
68,1% ao ano, em abril.
A inadimplência do crédito, considerados
atrasos acima de 90 dias para pessoas físicas, ficou estável em 5,9%. No
caso das pessoas jurídicas, a taxa ficou inalterada em 5,6%. Os dados
são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o
captado no mercado.
No caso do crédito direcionado (empréstimos
com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores
habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas
físicas caiu 0,6 ponto percentual para 9% ao ano. A taxa cobrada das
empresas caiu 0,7 ponto percentual para 11% ao ano. A inadimplência das
famílias subiu 0,1 ponto percentual para 2,1% e das empresas, 0,2 ponto
percentual para 2,2%.
O saldo de todas as operações de crédito
concedido pelos bancos ficou em R$ 3,071 trilhões, com queda de 0,2%, no
mês. Em 12 meses, houve retração de 2,2%.
Fonte: Agência Brasil
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