A confiança dos brasileiros voltou a cair. O Índice Nacional de
Expectativa do Consumidor (Inec), que sintetiza o sentimento dos
brasileiros em relação à expectativa econômica, registrou 100,6 pontos
em maio, um recuo de 2,7% frente a abril.
O indicador está ainda
4,4% menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. Desde maio
de 2016, não havia queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Quanto menor o índice, mais pessimista é a avaliação dos consumidores.
As informações são da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), divulgada hoje (31).
De acordo com o
levantamento, a queda da confiança do consumidor para um nível inferior
ao de maio do ano passado aumenta a preocupação sobre a evolução da
demanda de consumo para os próximos meses e, consequentemente, para a
atividade econômica. Além disso, o Inec, que em maio ficou 7,3% abaixo
da média histórica, vem alternando crescimentos e quedas desde o início
do ano. No entanto, os dois últimos recuos, de março e maio, foram mais
fortes que as duas últimas altas no indicador, ocorridas em fevereiro e
abril, segundo a CNI,
Na comparação com abril, a maioria dos
componentes do Inec assinalou queda em maio, com exceção do índice de
compras de maior valor, que cresceu 3,1% no período. Os recuos mais
expressivos foram em relação aos índices de endividamento, com retração
de 6,3% em maio ante abril, e a expectativa sobre a própria renda, que
caiu 5,9% no período. Isso significa que os brasileiros estão mais
endividados e mais pessimistas em relação à evolução da renda, informou a
CNI.
O índice de expectativas sobre a inflação teve queda de
4,4% em maio frente abril, sinalizando pessimismo em relação à evolução
dos preços. O indicador de perspectivas sobre o desemprego recuou 3,4%
no período, indicando que os brasileiros estão pessimistas sobre o
mercado de trabalho. Além disso, o índice sobre situação financeira
retraiu 3,5%, mostrando piora nas finanças pessoais em maio, na
comparação com os últimos três meses.
O Inec também antecipa
tendências de consumo. Consumidores com perspectivas positivas em
relação ao emprego e à situação financeira tendem a comprar mais, o que
contribui para a retomada da atividade econômica.
A pesquisa, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 18 e 22 de maio.
Fonte: EBC
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