O percentual das famílias endividadas em maio deste ano foi de 57,6%,
com queda de 1,3 ponto percentual em relação a abril, que foi de 58,9%.
O resultado é 1,1 ponto percentual abaixo dos 58,7% de maio do ano
passado.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (31) pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e
indica que a retração de maio ocorre depois de três meses consecutivos
de alta no indicador.
Também aumentou o percentual das famílias
com contas ou dívidas, tanto na comparação mensal quanto em relação a
maio do ano passado. Em comparação com o mês de abril, a queda foi de
0,1 ponto percentual, passando de 24,1% em abril para 24,2% em maio.
Entre maio de 2016 e maio de 2017, a queda foi dde 0,05 ponto
percentual, de 23,7% para 24,2%.
Na avaliação da economista da
CNC Marianne Hanson, “a redução recente do indicador pode estar
relacionada à queda na margem do custo de crédito, além do ritmo ainda
fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias”.
Inadimplência
Mesmo
com a queda do percentual de famílias endividadas, a proporção das
famílias com dívidas ou contas em atraso teve leve aumento, alcançando
24,2% em maio contra 24,1% de abril e 23,7% de maio do ano passado.
A
pesquisa indica que houve diminuição de 9,5% na parcela das famílias
que declararam não ter como pagar as dívidas de maio para abril. Já na
comparação com maio do ano passado, o percentual de famílias que
declaram não ter como pagar suas dívidas aumentou 0,5 ponto percentual,
de 9,5 em maio último para 9% em maio do ano passado.
A proporção
de famílias que se declararam muito endividadas registrou queda em
ambas as comparações. Na comparação mensal: de abril para maio, o
percentual caiu de 14,3% para 13,7% do total de famílias (0,3 ponto
percentual); e na anual 1,2 ponto percentual (de 14,3% para 13,1%).
Dívidas em atraso
A
Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor mostra
que o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou estável
entre maio de 2017 e maio de 2016, em 62,6 dias.
Em média, o
comprometimento com as dívidas foi de 7 meses, sendo que 33,2% das
famílias têm dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 20,9%
afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento
de dívidas.
O cartão de crédito continuou como principal forma de
endividamento, abrangendo 77% das famílias que declararam ter dívidas;
seguido de carnês (15,6%) e de crédito pessoal e financiamento de carro
(10,4%).
A Peic Nacional é apurada mensalmente pela CNC desde
janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados
e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.
Fonte: Agência Brasil
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