A taxa composta de subutilização da força de trabalho no país chegou a
24,1% no primeiro trimestre do ano, o que significa que no Brasil não
há trabalho adequado para 26,5 milhões de pessoas.
Os dados
integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua), divulgada hoje (18), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, a
taxa composta da subutilização da força de trabalho (que agrega os
desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem
parte da força de trabalho potencial) subiu 1,9 ponto percentual em
relação aos 22,2% da taxa de subutilização relativa ao quarto trimestre
do ano passado, mas em relação ao primeiro trimestre de 2016 a alta
chega a 4,8 pontos percentuais.
Os números pioraram tanto em
relação ao último trimestre do ano passado quanto ao primeiro trimestre
do mesmo ano em todas as vertentes da comparação sobre a força de
trabalho do país.
Taxa combinada
A Pnad
Contínua sob este aspecto indica que a taxa combinada de subocupação por
insuficiência de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com
uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de
trabalhar em um período maior, somadas aos desocupados) foi de 18,8%, o
que representa 5,3 milhões de trabalhadores subocupados por
insuficiência de horas trabalhadas e 14,2 milhões de desocupados.
No
quarto trimestre de 2016, essa taxa combinada de subocupação por
insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 17,2% e, no
primeiro trimestre, de 15%.
Desocupação sobe em todos as regiões
Os
resultados regionais do mercado de trabalho da pesquisa Pnad Contínua
Trimestral indicam que, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de
desocupação ficou em 13,7% para todo o país, subindo em todas as grandes
regiões em relação ao quarto trimestre de 2016, com a Região Nordeste
permanecendo com a maior taxa do país (16,3% contra 14,4% do último
trimestre do ano passado).
Em seguida, aparecem as regiões Norte
(de 12,7% para 14,2%), Sudeste (de 12,3% para 14,2%); Centro-Oeste (de
10,9% para 12%); e Sul (de 7,7% para 9,3%).
Já a taxa combinada
da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os
desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram
trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar
(força de trabalho potencial), foi de 19,3%, o que representa 21,3
milhões de pessoas. No quarto trimestre de 2016, para o Brasil, essa
taxa foi de 17,4% e, no primeiro trimestre de 2016, de 15,4%.
Rendimento real
O
rendimento médio real habitual pago aos trabalhadores no primeiro
trimestre do ano foi de R$ 2.110, se situando acima desta média para a
totalidade do país em três regiões: Sudeste (R$ 2.425), Centro-Oeste
(2.355) e Sul (R$ 2.281). Em contrapartida tiveram taxas de rendimento
abaixo da média nacional as regiões Norte (R$ 1.602) e Nordeste (R$
1.449).
A população jovem entre 18 a 24 anos continuou a
apresentar taxa de desocupação em um patamar acima da média do país de
13,7%. Entre os jovens de 18 a 24 anos de idade a taxa chegou a 28,8%.
Este comportamento foi verificado tanto para o Brasil, quanto para cada
uma das cinco grandes regiões, onde a taxa oscilou entre 19,1% no Sul e
32,9% no Nordeste.
Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, o indicador foi de 12,8% e 7,9%, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
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