O governo federal cancelou 81% dos 126,2 mil benefícios de segurados
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebiam o
auxílio-doença e há mais de dois anos não passavam por avaliação médica.
Desde o início do segundo semestre de 2016, o órgão faz um pente-fino
nos benefícios por incapacidade.
Com o fim dos pagamentos dos
102,6 mil benefícios, o governo estima uma economia de R$2 bilhões para
os cofres públicos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário, a revisão mostrou “que as pessoas estão saudáveis e aptas para
retornar ao trabalho”. A avaliação periódica é obrigatória para
manutenção do benefício.
Até agora, foram enviadas 322,8 mil
cartas de convocação para revisão do auxílio-doença. Após o recebimento,
o segurado tem cinco dias úteis para agendar a perícia pelo Disque 135.
O beneficiário que não atender à convocação ou não comparecer na data
agendada terá o benefício suspenso.
Números
O
não comparecimento do segurado à convocação do INSS já levou ao
cancelamento de 11,5 mil benefícios. Além disso, 17,3 mil benefícios
foram convertidos em aposentadoria por invalidez; 1,3 mil em
auxílio-acidente; 629 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de
25% no valor do benefício e 4,2 mil pessoas foram encaminhadas para
reabilitação profissional.
Ao todo, serão convocadas 1,7 milhão
de pessoas que há mais de dois anos estão sem perícia. Dessas, 530 mil
recebem o auxílio-doença e 1,1 mil são aposentadas por invalidez com
menos de 60 anos.
Os beneficiários de auxílio-doença com mais de
60 anos também já começaram a ser chamados. Até o momento, 12,7 mil
segurados nessa categoria passaram por perícia médica. Do total, 8 mil
benefícios (63%) foram cancelados.
Fonte: Agência Brasil
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