A taxa de desocupação no país foi estimada em 13,6% no trimestre
móvel encerrado em abril, ficando 1 ponto percentual acima da taxa do
trimestre imediatamente anterior (novembro a janeiro), quando havia
fechado em 12,6%. Os dados foram divulgados hoje (31), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua –
PNDA.
Com a alta do último trimestre, a população desocupada em
abril chegou a 14 milhões, uma alta de 8,7% em relação ao trimestre
encerrado em janeiro. Assim, houve um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas
no número de desempregados.
Dados comparativos
Na
comparação com igual trimestre de 2016, o total de desocupados subiu
23,1%, o que significa um aumento de 2,6 milhões em um ano no número de
desempregados.
Quando a comparação se dá com o mesmo trimestre do
ano passado (novembro de 2015/janeiro de 2016, quando a taxa de
desemprego estava em 11,2%), houve crescimento de 2,4 pontos percentuais
no desemprego.
Já a população ocupada no trimestre encerrado em
abril era de 89,2 milhões de pessoas, uma queda de 0,7%, quando
comparada com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (89,9
milhões de pessoas).
Em comparação com igual trimestre de 2016,
quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, em janeiro
deste ano o número de desempregados aumentou 1,4 milhão de pessoas – uma
queda na taxa de desemprego de 1,5%.
Carteira assinada
Entre
as 14 milhões de pessoas que perderam o emprego entre os trimestres
encerrados em janeiro e em abril, 572 mil fazem parte do contingente com
emprego formal, ou seja, com carteira de trabalho assinada.
Os
dados fazem parte da Pnad Contínua e indicam que havia em abril, quando
do fechamento do trimestre, 33,3 milhões de pessoas com carteira
assinada, uma queda de 1,7% na comparação com o trimestre de novembro a
janeiro, quando havia 33,9 milhões de pessoas com carteira assinada.
Frente
ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, a queda é de 3,6%, o que
significa que em um ano aproximadamente 1,2 milhão de pessoas com
carteira assinada perderam emprego.
Rendimento médio real
Apesar
da alta taxa de desemprego, a maior da história do país, o rendimento
médio real pago ao trabalhador brasileiro vem se mantendo estável, tanto
em relação ao trimestre encerrado em janeiro quanto ao mesmo trimestre
do ano passado.
Os dados da Pnad Contínua indicam que o
rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos no
trimestre fechado em abril era de R$ 2,107 mil; no trimestre móvel
finalizado em janeiro o valor era de R$ 2,095 mil; e de R$ 2,052 mil em
igual trimestre do ano passado.
Também a massa de rendimento real
habitualmente recebida em todos os trabalhos ficou estável no trimestre
fechado em abril: R$ 183,3 bilhões; no semestre encerrado em janeiro
era de R$ 183,5 bilhões; e frente ao mesmo trimestre do ano anterior, de
R$ 181,2 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
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