O presidente Michel Temer assinou hoje (16), em encontro com
prefeitos de todo o país, a medida provisória que prevê o parcelamento
de débitos relativos a contribuições previdenciários dos estados,
Distrito Federal e municípios. De acordo com a MP, os débitos dos
estados serão parcelados em 200 meses, com 25% a menos de encargos e
multas, além da redução de 80% dos juros.
“O que mais me agrada
neste momento é que eu posso assinar essa medida provisória com o
parcelamento em 200 meses do débito previdenciário e, convenhamos, não é
apenas parcelar, reduzimos 25% dos encargos, reduzimos 25% da multa e
80% dos juros. É algo que visa exatamente a este caminho: do
fortalecimento da Federação”, disse Temer.
A declaração foi feita
durante a cerimônia de abertura da 20ª Marcha a Brasília em Defesa dos
Municípios, em Brasília. O evento vai até quinta-feira (18). Ao longo
destes três dias, haverá palestras e debates sobre temas de interesse
das administrações municipais com a participação de autoridades dos Três
Poderes e de prefeitos de todo país.
A Marcha é promovida pela
Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e deve reunir mais de 5 mil
prefeitos. Como ocorre todos os anos, os administradores municipais
apresentam demandas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
O parcelamento das dívidas previdenciárias é um dos tópicos
prioritários no Congresso Nacional, mas que poderá ser resolvido em
conjunto com o governo federal. A CNM defende a revisão dos débitos
previdenciários, já que, de acordo com ela, há cobranças indevidas a
despeito de decisão recente do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o
presidente da confederação, Paulo Ziulkoski, a questão está prestes a
ser solucionada. "O endividamento previdenciário é um dos pontos que vão
ser abordados [durante a marcha], seguramente por meio de uma medida
provisória [editada pelo governo]. Estamos construindo a forma e o
conteúdo em que ela vai ser editada", disse ele ontem (15) à Agência Brasil.
Entre
os temas a serem discutidos durante os painéis e rodas de debates
também estão as reformas previdenciária, trabalhista e tributária, bem
como as pautas consideradas prioritárias, em tramitação na Câmara e no
Senado.
Os prefeitos também devem pedir ajuda ao Poder Executivo
para o pagamento do Piso Nacional do Magistério. Sancionada em 2008, a
lei que estipula um salário mínimo para os professores em início de
carreira prevê que o governo federal coopere tecnicamente com os
municípios. De acordo com a CNM, é preciso haver um complemento para
garantir o pagamento do piso.
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