O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse ontem (17)
que o Comitê de Política Monetária (Copom) está avaliando “uma
intensificação adicional moderada” do ritmo de redução na Selic, taxa
básica de juros da economia. Na sua última reunião, em abril, o Copom
reduziu a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 11,25% ao ano.
“Estamos
ponderando qual o grau de antecipação adequado, entre o atual ritmo e
uma intensificação adicional moderada. Não há definição no momento, a
decisão ocorrerá apenas na próxima reunião do Copom” disse Goldfajn em
um evento de encerramento da missão de avaliação anual do Fundo
Monetário Internacional (FMI) em Brasília. A próxima reunião do Copom
será em 30 e 31 de maio.
A taxa Selic influencia os demais juros
da economia e é o principal instrumento do BC para controle da inflação.
Quando a taxa está elevada, desestimula o consumo e o crédito, ajudando
a manter os preços mais baixos. Quando é reduzida, ocorre o contrário: o
consumo, a tomada de crédito e os negócios são estimulados.
Em
outubro do ano passado, a taxa estava em 14,25% ao ano, após seguidas
elevações para controlar o avanço dos preços. Naquele mês, o Copom
reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual. Foi a primeira redução da taxa
básica em um período de quatro anos.
A partir de janeiro deste
ano, o comitê intensificou o corte de juros, com redução de 0,75 ponto
percentual, ritmo que se manteve até o mês passado, quando houve o corte
de um ponto percentual.
Ilan Goldfajn disse, no evento do FMI,
que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
caiu de 10,7%, em dezembro de 2015, para 4,1% em abril deste ano.
Segundo ele, o Copom projeta inflação em torno de 4,1% para 2017 e de
4,5% para 2018.
Fonte: EBC
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