O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, defendeu ontem
(15) limitações à entrada no Brasil do etanol de milho produzido pelos
Estados Unidos. “Não é barrando, mas criando algumas limitações para a
importação de etanol, principalmente de milho. Eu sou contra a taxação,
porque isso vai voltar para a gente muito mais caro. Mas a gente cria
alguns mecanismos para que a gente possa proteger o nosso etanol de
cana-de-açúcar do etanol de milho dos Estados Unidos”, disse durante
apresentação no seminário Brasil Futuro.
A edição de hoje no Diário Oficial da União
traz uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética que
determina que os importadores de biocombustíveis devem cumprir as mesmas
exigências dos produtores nacionais. Entre os pontos que precisam ser
atendidos estão a manutenção de estoques mínimos e a comprovação de
capacidade para atendimento ao mercado.
“Para isso, deverá ser
exigido do importador de biocombustíveis manter parcela do volume
importado em estoque próprio, a cada importação, observadas as mesmas
proporções de volumes e períodos estabelecidos para os produtores”, diz o
comunicado do conselho que explica a resolução.
Segundo Coelho
Filho, o setor sofreu muito nos últimos anos e o governo está
trabalhando para ajudar os produtores. “Todo mundo adora dizer que o
Brasil produz etanol, fala do biodiesel. Mas quando nós chegamos e fomos
ver a realidade das empresas, se as de energia e de eletricidade
sofreram, o pessoal do etanol sofreu muito mais”, ressaltou.
O
ministro destacou que os biocombustíveis fazem parte dos compromissos
apresentados pelo Brasil na Conferência do Clima de Paris, em 2015.
“Estamos lançando a base de um programa para o futuro. No Acordo Paris
nos comprometemos a produzir 50 bilhões de litros de etanol até 2030.
Nossa produção no ano passado foi 27 [bilhões de litros].”
Fonte: Agência Brasil
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