Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam
por corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã
(30) e quarta-feira (31). A expectativa consta do boletim Focus, uma
publicação elaborada todas as semanas pelo BC, com projeções para os
principais indicadores econômicos.
Atualmente, a Selic está em
11,25% ao ano. Para o fim de 2017 e de 2018, a expectativa do mercado
financeiro é que a taxa fique em 8,5% ao ano. A Selic é um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e
consequentemente a inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a
meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque
os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já
quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito
fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação.
Inflação
A
previsão do mercado financeiro para a inflação foi levemente ajustada
para cima. Após 11 reduções seguidas, a projeção para o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,92% para 3,95%.
A
projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é
4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para
2018, a estimativa subiu de 4,34% para 4,40%.
PIB
A
projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia
(Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas
pelo país) passou de 0,50% para 0,49%, este ano e de 2,50% para 2,48%,
em 2018.
Essas foram as primeiras alterações nas projeções para
inflação e para o PIB, após a crise decorrente da divulgação de parte do
conteúdo da delação dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista,
donos do grupo JBS, citando o presidente Michel Temer.
A projeção
para a cotação do dólar ao final de 2017 subiu de R$ 3,23 para R$ 3,25.
Para o fim de 2018, passou de R$ 3,36 para R$ 3,37.
Fonte: EBC
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