Os pacientes de Aids do estado de São Paulo têm vivido mais tempo.
Segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
(Seade) divulgado ontem (10), a idade média de morte dessa população era
de 33 anos para os homens e de 29 anos para as mulheres em 1990 e passou
para 45 e 46 anos, respectivamente, em 2015.
De acordo com o
estudo, no estado de São Paulo, as taxas de mortalidade por Aids
registraram pico em 1995, com 35,1 óbitos por 100 mil homens, e 11
mortes por 100 mil mulheres. Em 2015, as taxas caíram para 8,4 óbitos
por 100 mil homens e 3,7 por 100 mil mulheres.
“Nesses 20 anos de
epidemia, a gente teve um maior controle, um maior monitoramento da
doença. Houve um aprimoramento dos programas de proteção, teve a
introdução dos antirretrovirais. Tudo isso contribuiu para que houvesse
essa queda, o aumento da idade média ao morrer e a maior sobrevida das
pessoas infectadas”, destacou a mestre em Saúde Pública e analista do
Seade, Monica La Porte.
Transmissão de mãe para filho
O
levantamento mostra também que ao longo do período de 1990 até 2015, as
maiores reduções da mortalidade se deram entre os pacientes infantis. A
taxa de mortalidade por Aids no grupo de 0 a 4 anos atingiu, em 1995, 5
óbitos por 100 mil crianças, passando para 0,2 mortes por 100 mil em
2015.
“Isso é uma ação feita realmente na transmissão vertical,
que é a passagem do HIV de mãe para filho. As principais ações foram a
testagem sorológica tanto no pré-natal como no momento do parto, e a
aplicação do esquema de antirretrovirais que já foram implantados
durante a gestação”, destacou a analista.
“Passamos a aplicar
também os antirretrovirais direto no recém-nascido. Porque quando o
recém-nascido nasce você já sabe que é soropositivo, já há a introdução
da profilaxia. Outro fator importante é a substituição do aleitamento
materno por outra forma láctea, porque pelo leite materno há
transmissão”, acrescentou.
O levantamento considera os pacientes que já têm a doença e não os portadores do HIV
Fonte: Agência Brasil
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