O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 0,5 ponto em maio, ao
passar de 89,1 para 88,6 pontos. O resultado ocorre após cinco altas
consecutivas, período em que o indicador acumulou crescimento de 11,1
pontos.
Os dados relativos à Sondagem do Comércio foram divulgados ontem (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo os economistas da FGV, a queda de maio reflete resultados negativos em seis dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada pela piora no Índice de Expectativas (IE-COM), que caiu 1 ponto no mês, para 94,8 pontos.
Os dados relativos à Sondagem do Comércio foram divulgados ontem (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo os economistas da FGV, a queda de maio reflete resultados negativos em seis dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada pela piora no Índice de Expectativas (IE-COM), que caiu 1 ponto no mês, para 94,8 pontos.
Já o Índice de Situação Atual
(ISA-COM) ficou estável em 82,9 pontos. A maior contribuição para a
queda do Índice de Expectativa no mês foi dada pelo quesito que mede o
otimismo com a situação dos negócios nos seis meses à frente, que recuou
1,1 ponto em relação ao mês anterior, para 94,3 pontos.
Para o
superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo, mesmo
com os avanços consecutivos expressivos do Índice de Confiança do
Comércio antes da queda de maio, a acomodação da taxa ocorre “em um
patamar ainda baixo em termos históricos”.
Ao comentar o
resultado na publicação da FGV, Campelo destaca que é possível notar
recentemente “uma melhora de humor nos segmentos relacionados às vendas a
prazo, um possível reflexo da tendência de queda dos juros e liberação
de recursos do FGTS”.
Ele lembra, porém, que a coleta de dados
para a pesquisa de maio “já estava quase terminando quando começou uma
crise política, no dia 17, com potencial para aumentar o grau de
incerteza econômica e afetar o ritmo (já lento) de recuperação do
setor”.
Índice de Situação Atual/Indicador de Desconforto
Apesar
da estabilidade do ISA-COM em maio, a FGV lembra que o índice avançou
pelo quarto mês consecutivo, quando consideradas as médias móveis
trimestrais e que, paralelamente, outro indicador sinaliza melhora do
ambiente de negócios no ano.
“É um indicador de 'desconforto',
construído com dados da Sondagem do Comércio ao se agregar as proporções
de empresas que apontam três fatores limitativos à melhoria dos
negócios diretamente relacionados ao mau humor empresarial: demanda
insuficiente, custo financeiro e acesso a crédito bancário”, dizem os
economistas da FGV.
Para a fundação, a relação entre os dois
indicadores é historicamente forte, com uma correlação (negativa) de
-0,99: Apesar dessa relação histórica, o Indicador de Desconforto havia
se estabilizado nos dois meses anteriores, sugerindo a possibilidade de
que o ISA-COM estivesse avançando além do desempenho efetivo do setor.
“Mas
o retorno desse indicador à tendência de queda mostra que, ao menos até
a nova crise política que abateu o país a partir de 17 de maio, o
ambiente de negócios no comércio começava a dar sinais de melhora em
2017”, diz o estudo.
A edição de maio de 2017 coletou informações
de 1.118 empresas entre os dias 2 e 23 deste mês. A próxima divulgação
da Sondagem do Comércio ocorrerá em 27 de junho.
Fonte: EBC
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