Mais da metade dos consumidores do país (57%) pretendem ir às compras
por conta do Dia dos Pais, o que representa em torno de 86,1 milhões de
pessoas. Essa parcela supera à registrada no mesmo período do ano
passado quando 49% demonstraram a mesma intenção, segundo um
levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A
pesquisa mostra que esses consumidores devem gastar, em média, R$ 125.
Pelo cálculo dos organizadores, o movimento financeiro deve atingir R$
10,7 bilhões. A maioria (38%) informou que planeja desembolsar o mesmo
valor do ano passado. Outros 26% indicaram redução dos gastos e apenas
13% estão dispostos a elevar a quantia.
Para o presidente da
CNDL, Honório Pinheiro, “o consumidor está cauteloso para consumir e é
importante oferecer opções de menor custo para presentear nas datas
comemorativas”.
Orçamento apertado
No
universo de consumidores com intenção de cortar gastos, o principal
motivo alegado foi o orçamento apertado (43%). Entre os entrevistados,
20% indicaram ter outras prioridades e 10% contaram que tiveram queda de
salário. Já entre os que manifestaram o desejo de aumentar o valor do
presente, 59% disseram que querem escolher um produto melhor e 45%
justificaram ter calculado o acréscimo por achar que os presentes
estarão mais caros.
Apesar de ter constatado um consumo médio de
R$ 125, quando a sondagem separa os entrevistados por classe social,
este valor cai para R$ 111 entre os mais pobres. A grande maioria (81%)
deve comprar um único item.
Inadimplência
Entre
os entrevistados que pretendem efetuar compras, 25% estão com alguma
parcela atrasada e 21% já entraram para a lista de inadimplentes. O
levantamento mostra ainda que 10% assumiram ter o hábito de gastar mais
do que podem para presentear o próprio pai e 6% deverão comprar algo
para agradar os seus pais deixando de pagar alguma conta.
O
educador financeiro do portal do SPC Brasil Meu Bolso Feliz, José
Vignoli, alerta que “o consumidor deve presentear, sim. Porém, é
importante respeitar o tamanho do próprio bolso, planejar os gastos e
fazer muita pesquisa de preço, dando prioridade ao pagamento à vista.
Para quem está inadimplente, mesmo que os valores dos presentes possam
parecer inofensivos, todo o esforço deve ser direcionado para o
pagamento das dívidas”.
Os itens mais apontados na lista de
presentes para os país são roupas (40%); perfumes e cosméticos (16%) e
calçados (16%); seguidos de acessórios como cintos, óculos, carteiras e
relógios (14%); vale-presentes (4%) e as comemorações em restaurantes
(4%).
Quanto aos meios de pagamentos, a maioria (75%) quer
efetuar o pagamento à vista, sendo 66% em dinheiro e 9% com cartão de
débito. Outros 16% apontaram o uso do cartão de crédito. Entre os que
pretendem parcelar a compra, a média é de três prestações.
A
sondagem foi feita com 872 consumidores de ambos o sexos, de todas as
classes sociais e idade acima dos 18 anos, em 27 capitais.
Fonte: EBC
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