O mercado financeiro ajustou pela terceira semana seguida a projeção
para a inflação este ano, após o aumento da tributação sobre
combustíveis. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,40% para 3,45%. O percentual
consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco
Central (BC) todas as semanas, com números dos principais indicadores
econômicos.
Para 2018, a projeção para o IPCA é mantida de 4,20%
há três semanas consecutivas. Mesmo com o aumento na projeção para este
ano e manutenção para 2018, as estimativas para a inflação permanecem
abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa
meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
Para
alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. Quando o Copom aumenta a
Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência
é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A nova previsão
do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 passou de 8% para
7,50% ao ano. Para o fim de 2018, a expectativa também caiu, ao passar
de 7,75% para 7,50% ao ano.
A estimativa do mercado financeiro
para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país), foi mantida em 0,34% para este ano. Para
2018, a projeção segue em 2%.
Fonte: EBC
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