Depois de seis reduções seguidas, o mercado financeiro ajustou a
projeção para inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), de 2,95% para 2,98%, este ano. A estimativa é
do boletim Focus, uma publicação divulgada toda segunda-feira no site do Banco Central (BC), com projeções para os principais indicadores econômicos.
Para
2018, a estimativa para o IPCA passou de 4,06% para 4,02%. Essa foi a
sexta redução consecutiva. A estimativa para 2017 segue abaixo do piso
da meta de 3%. A meta tem como centro 4,5% e limite superior, 6%.
Na última sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA fechou o mês de setembro
com variação de 0,16%, abaixo dos 0,19% de agosto. Nos primeiros nove
meses do ano, o índice acumula variação de 1,78%, bem abaixo dos 5,51%
registrados em igual período de 2016. Esta é a menor taxa acumulada
setembro desde 1998, quando se registrou 1,42%. Em 12 meses o índice em
2,54%.
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano.
Quando
o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique
mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter
a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A expectativa do mercado financeiro para a Selic permanece em 7% ao ano, tanto para o final de 2017 quanto para o fim de 2018.
A
projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de
todos os bens e serviços produzidos no país, permanece em 0,70%, este
ano. Para 2018, a estimativa de expansão passou de 2,38% para 2,43%.
Fonte: Agência Brasil
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