quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Frutas ficam mais caras em quase todas as Ceasas, diz relatório da Conab


lanche saudávelApós um primeiro semestre com queda nos preços, as frutas ficaram mais caras em quase todas as centrais de abastecimento (Ceasas) analisadas no mês de setembro. O destaque foi para o mamão, com variações de aumento que chegaram a 164%, em Goiânia, onde a caixa do mamão passou de R$ 20 para R$ 50.
Os dados fazem parte do 10º Boletim Hortigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
"As frutas surpreenderam com um leve desabastecimento, mas foi por causa das altas temperaturas que a procura ficou maior e a produção não conseguiu atender a demanda", disse o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Companhia, Erick de Brito Farias.
O mamão apresentou as maiores altas. O preço também aumentou em Brasília (57%) e em Belo Horizonte (53%). "O mamão teve as colheitas aceleradas nos últimos meses por causa das altas temperaturas e de uma forte oferta. Com isso, o preço caiu. Agora, faltou oferta da fruta no mercado e, por isso, o preço subiu em todas as Ceasas."
Outras frutas também tiveram aumento de preço: a laranja, com alta de até 42,42% em Goiânia; a maçã, com alta de até 8,21% na Grande São Paulo; a melancia, com aumento de até 25,43% em São Paulo; e a banana, com alta de até 23,04%, em Curitiba.
Comum na mesa dos brasileiros, a banana enfrentou maior alta de preços no ano passado. O produto vinha se recuperando, aumentando a produção e diminuindo os preços no primeiro semestre desse ano. No entanto, o relatório de setembro mostrou uma alta nos preços da fruta em cinco das oito centrais analisadas. Segundo Farias, a alta registrada no mês passado foi pontual, devido à queda na produção de banana nanica, e não deve interromper a trajetória de recuperação do produto.
Apesar das elevações, algumas frutas tiveram queda nos preços, como nectarina (38%), ameixa (36%), caju e coco (26%), manga (18%) e morango (13%).
Hortaliças
Ao contrário das frutas, as hortaliças diminuiram de preços. O destaque foi a batata, que vem apresentando preços mais baixos desde o ano passado, por ter maior oferta. As maiores quedas ocorreram em Goiânia (18%), Recife e Curitiba, sendo as duas últimas com percentuais em torno de 14%. Em Brasília, a cotação caiu 11% em relação ao mês anterior, seguida de Belo Horizonte, com 10%, Vitória, com 9% e São Paulo, 7%.
A alface, que também teve queda em todos os mercados analisados, teve o preço recuado em mais de 30% nas Ceasas de Goiânia e Recife. O motivo, segundo o estudo, foi a boa oferta no mês de setembro, enquanto a demanda foi menor na maioria das centrais.
Já a cebola, que baixou 17% em Brasília e 15% em Vitória, apresentou quedas sistemáticas nos preços graças à forte oferta nacional. A cenoura teve queda de até 5,62% em Fortaleza.
Já o tomate apresentou altas em seis das oito centrais analisadas. A maior alta foi em Goiânia, com 16,53%, chegando a um preço de R$ 1,49 por quilo. O preço, no entanto, ficou abaixo de São Paulo, com R$ 2,53 por quilo, o mais alto registrado. O aumento na região foi 1,07% no mês passado.
O levantamento é feito mensalmente pela Conab, por meio do Programa de Modernização do Programa Hortigrangeiro (Prohort), com base em informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em junho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Esprírito Santo, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco e Ceará.
Fonte: Agência Brasil

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