A intenção dos micro e pequenos empresários brasileiros de fazer
algum investimento no próprio negócio nos próximos três meses subiu de
19% para 27% entre setembro de 2016 e o mesmo mês deste ano. A conclusão
é de pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em
todo o território nacional. O índice supera o patamar verificado em
setembro de 2015, que foi de 24%.
Daqueles que preveem investir,
45% são motivados pela expectativa de aumento nas vendas em razão da
aproximação do fim do ano e da percepção de que a intenção de compra do
consumidor melhorou. Outros 20% já sentiram melhora na demanda e
procuram atender a esse crescimento.
No outro extremo, 47% dos que não pretendem investir consideram que
não têm necessidade momentânea, 25% ainda se sentem afetados pela crise e
12% esperam retorno de investimentos recentes.
Honório Pinheiro,
presidente da CNDL, considera a mudança de perspectiva dos empresários
ainda tímida, mas que faz parte da retomada lenta e gradual da economia.
“O ritmo de melhora da confiança ainda é muito sutil, mas esse é mais
um dos sinais que mostram que os setores do comércio e serviços
vislumbram um fim de ano com vendas melhores e movimento mais aquecido”,
afirma ele. “A partir do momento em que observarmos quedas reais dos
juros e um ambiente econômico mais estável, haverá certamente um
estímulo maior ao investimento.”
Com foco nas vendas de fim de
ano, a ampliação dos estoques é o principal destino dos investimentos,
com 33%. Em seguida aparecem divulgação – com mídia e propaganda –
(23%), reforma de instalações (23%), compra de equipamentos e maquinário
(20%) e ampliação de portfólio (14%).
Fonte: EBC
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