O volume de vendas do comércio varejista no Dia das Crianças deverá
registrar crescimento de 3,4% neste ano, o melhor desempenho desde 2013,
segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC).
A estimativa é que as vendas durante o período devem
movimentar R$ 7,4 bilhões e o crescimento já leva em conta os descontos
relativos à inflação, na comparação com 2016 .
A confederação
ressalta o fato de que “o resultado será o melhor registrado pelo varejo
nesta data desde o crescimento de 5,1% verificado em 2013.
Para
Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, são vários os fatores
que levam a este desempenho e não só as baixas taxas de inflação dos
produtos destinados às crianças.
“A perspectiva mais favorável
acerca do desempenho do setor na data comemorativa se insere em um
contexto mais amplo, no qual a recuperação do mercado de trabalho,
inflação baixa e juros em processo de redução permitem um resgate
parcial das condições de consumo”, disse.
Vestuário e calçados em alta
Os
setores com melhor desempenho nas vendas voltadas para o Dia das
Crianças, de acordo com a CNC, serão os de lojas de vestuário e
calçados, com crescimento esperado de 10,2%, seguido pelo de brinquedos e
eletroeletrônicos, que deverá expandir 5,7%.
“Em ambos os casos,
no entanto, as variações positivas esperadas para este ano não repõem
as perdas verificadas no ano passado e chegam a -12,2% para vestuário e
calçados e a -7,6% no de comércio de brinquedos”, afirmou Bentes.
A
avaliação da CNC é de que a evolução recente do preço médio de 11 bens
ou serviços mais demandados “tem demonstrado que a inflação associada à
data comemorativa deverá ser a menor desde os 4,3% de 2001. Entre os
itens que registraram as menores variações de preço, estão os chocolates
em barra e bombons (-5,1%), CDs e DVDs (-0,7%) e brinquedos (2,1%).
Juros
A
Confederação Nacional do Comércio ressaltou, ainda, o fato de que a
queda na taxa média de juros ao consumidor, influenciada pela
significativa desaceleração do nível geral de preços nos últimos meses,
tem contribuído para reverter as perdas do varejo.
“Considerando
os prazos médios vigentes – que se mantiveram praticamente estáveis no
período – as prestações médias mensais de um empréstimo simulado de R$ 1
mil recuaram 8,3% nesse período, atingindo R$ 46,85 mensais, em agosto -
a menor prestação nessa operação desde agosto de 2015 (R$ 46,75)."
Fonte: EBC
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