Os setores do comércio varejista e de serviços devem criar 51 mil vagas
extras no final deste ano. A expectativa é do Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL). No entanto, oito em cada dez empresários disseram que não devem
reforçar o quadro de funcionários para este fim de ano, o que aponta,
segundo as entidades, que o período ainda não deve ser totalmente
positivo para o setor.
“O último trimestre do ano traz sempre grandes expectativas para o
comércio e o setor de serviços, que costumam ampliar estoques e fazer
investimentos para atender a demanda normalmente aquecida das festas do
Natal e réveillon. Neste ano, porém, a crise econômica deverá novamente
inibir o volume das tradicionais contratações de mão de obra temporária e
também de trabalhadores efetivos”, disse o presidente do SPC Brasil,
Roque Pellizzaro Junior.
Um levantamento feito pelas entidades
constatou que, do total de empresários que não pretende fazer
contratações no último trimestre de 2017, quase metade (49%) acredita
que sua atual equipe de funcionários atenderá ao volume de clientes
esperado. Por outro lado, 13% dos consultados pelas entidades disseram
que pretendem reforçar o quadro de funcionários. A principal motivação,
neste caso, é suprir o aumento da demanda.
Vendas
O
volume de vendas deve crescer 1% este ano na comparação com 2016,
apontaram os empresários ouvidos na pesquisa. É a primeira vez, nos
últimos dois anos, que a pesquisa aponta uma expectativa positiva nas
vendas para o final do ano. Entre os entrevistados, 38% estão otimistas
com as vendas, enquanto 34% deles apontam neutralidade e 21% esperam uma
piora. “O estudo revela que a tímida melhora do cenário econômico,
promovida sobretudo pela queda da inflação, das taxas de juros e pela
tímida melhora nos níveis de desemprego, parece em alguma medida ter
injetado boas expectativas nos empresários brasileiros”, disse Pellizaro
Junior.
Para a pesquisa foram ouvidos 1.168 empresários dos
setores de serviços e de comércio varejistas, localizados nas capitais e
interior do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Fonte: Agência Brasil
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