Pressionada pela terceira alta consecutiva no preço do gás de
botijão, a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), fechou o mês de
outubro com variação de preços de 0,34%. Em relação a setembro, o índice
subiu 0,23 ponto percentual.
Divulgado hoje (20), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 fechou o
acumulado no ano (janeiro-outubro) em 2,25%, resultado que chega a ser
3,86 pontos percentuais inferior aos 6,11% do mesmo período do ano
passado.
Este é o menor acumulado para um mês de outubro desde os
2,22% de 2006. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 2,71%,
resultado acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente
anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,19%.
Botijão de gás
A alta foi pressionada pelos
preços dos combustíveis, em especial o gás de botijão, que fechou
outubro com alta de 5,72%. Foi o terceiro aumento consecutivo e a maior
alta desde outubro de 2015. O impacto do gás de botijão no IPCA-15 deste
mês foi de 0,07 ponto percentual.
O gás de cozinha impactou a
alta de 5,36% dos combustíveis domésticos, que influenciaram o grupo
habitação, que fechou o mês com elevação de 0,66%.
Segundo o
IBGE, a influência da habitação na medição geral ficou abaixo dos
transportes (impacto de 0,11 ponto percentual), afetado também pelos
reajustes nos combustíveis. A gasolina teve alta de 1,45% entre setembro
e outubro, mesmo com a leve desaceleração em relação período anterior,
quando a taxa foi de 3,76%. Pesou ainda o aumento de 7,35% nas passagens
aéreas.
O grupo dos alimentos fechou outubro com deflação
(inflação negativa) de 0,15%. A nova queda foi menor que a de -0,94% de
setembro. Contribuíram para a baixa nos preços o alho (-9,88%), o
feijão-carioca (-5,95%), o açúcar cristal (-3,63%) e o leite longa vida
(-3,52%). Enquanto isso, tiveram alta no período as carnes (0,54%) e
frutas (1,40%) tiveram alta no período.
Nos índices regionais, a
região metropolitana de Curitiba teve a maior alta nos preços (0,66%),
seguido por Salvador (0,64%). Por outro lado, as quedas mais intensas
ocorreram na regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (-0,08%) e do
Recife (-0,07%).
Com a mesma metodologia do IPCA (indicador que
mede a inflação oficial do país), o IPCA-15 tem periodicidade diferente:
vai da segunda metade do mês anterior à primeira metade do mês de
referência. Ele diz respeito à variação dos preços para as famílias de
um a 40 salários mínimos, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém,
Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
Fonte: Agência Brasil
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