O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia
hoje a penúltima reunião deste ano, com expectativa de nova redução
na taxa básica de juros, a Selic. Entretanto, esse corte deve ser menor
do que os anteriores, como vem indicando o BC.
Para as
instituições financeiras consultadas pelo BC, a expectativa é de um
corte de 0,75 ponto percentual para 7,5% ao ano. Atualmente, a Selic
está em 8,25% ao ano. Para o mercado, a taxa encerrá 2017 em 7% ao ano. A
última reunião de 2017 do comitê está marcada para os dias 5 e 6 de
dezembro.
Na última reunião do Copom, em setembro, a Selic foi
reduzida pela oitava vez consecutiva. Assim, a taxa chegou ao menor
nível desde outubro de 2013, quando estava em 9% ao ano.
O atual
ciclo de cortes começou em outubro de 2016, com redução de 0,25 ponto
percentual. Em novembro foi feito um novo corte de 0,25 ponto
percentual. Em janeiro e fevereiro deste ano, o Copom aumentou os cortes
para 0,75 ponto percentual. Nas reuniões seguintes, em abril, maio,
julho e setembro, o comitê acelerou o ritmo de cortes para 1 ponto
percentual.
Em setembro, por conta da inflação mais baixa, o Copom avaliou como
adequada uma “redução moderada” nos próximos cortes da Selic e informou
que “antevê encerramento gradual do ciclo”. Por isso, as instituições
financeiras não esperam por novas reduções da Selic no próximo ano. Para
o mercado, a previsão é de que a taxa será mantida em 7% ao ano, em
2018.
Em setembro, as instituições financeiras chegaram a prever inflação abaixo do teto da meta, que é de 3%. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 2,97%. Atualmente, essa estimativa está em 3,06%.
A
meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro
4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica
fora desses limites, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento
da meta.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a
atividade econômica e consequentemente a inflação. Quando o Copom
diminui os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo.
Amanhã (25), após a segunda parte da reunião, às 18h20, o BC anunciará a sua decisão sobre a taxa Selic.
Fonte: Agência Brasil
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