Levantamento aponta que 50% dos consumidores brasileiros atrasaram as
parcelas de empréstimos ou financiamentos no mês de agosto. Desse
total, 34% tiveram atrasos ao longo do contrato e 16% estavam com
parcelas pendentes no mês. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas.
Entre os entrevistados, 42% recorreram a
pelo menos uma forma de crédito em agosto, ante 58% que não fez compras
a prazo ou empréstimo. Segundo a pesquisa, 14% contraíram algum
empréstimo e têm parcelas a pagar; 18% têm pendentes parcelas de
financiamentos.
Nas lojas, considerando apenas quem tentou fazer
compra parcelada, 63% tiveram o crédito negado, sendo o motivo principal
a inadimplência (24%), seguida por renda insuficiente (11%). A tomada
de empréstimos e financiamentos é vista como difícil ou muito difícil
por 44% dos consumidores. Para 18%, não é nem fácil nem difícil e, para
15%, fácil ou muito fácil.
Cartão de crédito
O
cartão de crédito foi a modalidade mais utilizada, mencionada por 35%
dos consumidores. Aparecem em seguida o cartão de loja ou crediário,
citado por 13%, o limite do cheque especial (6%), os empréstimos (4%) e
os financiamentos (3%).
Entre os usuários do cartão de crédito,
39% notaram aumento do valor da fatura, 26% notaram redução e 31%
mantiveram o valor de meses anteriores. O valor médio das faturas em
agosto foi R$ 630,59. Os produtos e serviços mais adquiridos foram: 59%
alimentos em supermercado, 53% itens de farmácia e remédios, 32% roupas e
calçados, 32% combustíveis e 28% bares e restaurantes.
Intenção de gastos
Projetando
o orçamento para outubro, a maior parte dos consumidores (59%) pretende
cortar gastos, 32% pretendem manter o nível de despesas e 5% querem
aumentar os gastos. Entre os que vão diminuir o consumo, 23% mencionaram
os altos preços, 17% o desemprego e 8% a redução da renda.
Na
lista dos produtos que os consumidores pretendem comprar em outubro
estão remédios (23%), roupas, calçados e acessórios (20%), recargas para
telefone celular (17%), perfumes e cosméticos (11%), materiais de
construção (7%), eletrodomésticos (7%), salão de beleza (6%), artigos de
cama, mesa e banho (6%).
Fonte: Agência Brasil
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