A produção de veículos no país em setembro teve uma queda de 9,2% em
relação a agosto, atingindo 236.944 unidades. Mas na comparação com o
mesmo mês do ano passado, cresceu 39,1%. No acumulado do ano, foram
montados 1.986.654 veículos, aumento de 27% na comparação com o mesmo
período de 2016. Os dados foram divulgados ontem (5) pela Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com
relação às vendas, setembro também apresentou queda. No mês passado
foram vendidas 199.211 unidades, queda de 8% em relação a agosto. No
entanto, as vendas de veículos subiram 24,5% em setembro, na comparação
com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, foram
licenciadas 1.620.005 unidades, o que representa alta de 7,4% ante o
mesmo período do ano passado.
As exportações somaram 60.049
veículos, alta de 52,2% em relação a setembro de 2016. Em relação a
agosto, houve queda de 10,1% e, no acumulado do ano, um aumento de
55,7%.
Rogério Golfarb, vice-presidente da Anfavea, avalia que os
expressivos aumentos nas exportações é favorável para o setor. “Foi
influenciado por uma assimilação positiva do mercado da América do Sul,
como Argentina, México, Uruguai e Colômbia”, disse.
Foram
mantidas 126.280 vagas de emprego no setor durante setembro, alta de
1,3% em relação a setembro do ano passado. Não houve variação em relação
a agosto. Foi registrada queda do número de empregados em layoff
(suspensão temporária do contrato de trabalho), que passaram de 3.432
em agosto para 2.964 em setembro. A quantidade de funcionários em
Programa Seguro Emprego (PSE) caiu de 2.888 em agosto para 2.867 no mês
passado.
“Seja em layoff ou seja em PSE, são esses
mecanismos importantes em período de crise. À medida que vemos a
retomada, esses funcionários passam a migrar e voltar, e contribuir para
a produção”, avalia Golfarb.
Previsões
As
projeções de resultados para o final do ano, revistas no mês passado,
tem como expectativa aumento de vendas de 7,3%; alta na produção, de
25,2%, e nas exportações de 43,3%. O vice-presidente da Anfavea disse
que há uma recuperação gradual, mas quando se observa o ambiente
macroeconômico, ainda não é possível enxergar um crescimento robusto. “É
prematuro usar os números de setembro e acreditar que vai ser
sustentável até o final do ano. Por isso, estamos sendo cautelosos”,
disse.
Fonte: EBC
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