Conseguir uma vida financeira saudável é igual construir hábitos de vida saudáveis em qualquer outro plano: dá trabalho, mas deve ser feito com disciplina e dedicação. “Sabemos que a natureza do ser humano é essencialmente imediatista, o que deixa ainda mais improvável que as nossas decisões sejam racionais e enfocadas no futuro, mas devemos tentar”, explica o consultor de finanças pessoais especializado no mercado brasileiro Nélio Costa. “Sabe porque é difícil controlar as finanças pessoais no dia a dia? Pelo mesmo motivo que construir um castelo de cartas é mais difícil que derrubar. O estado natural das coisas é o caos e na vida financeira também é assim”, completa. Pensando nisso, o especialista, com a colaboração dos executivos do Wally+, aplicativo para gerenciamento de finanças pessoais e lifestyle, dá algumas dicas para quem precisa de cuidado para controlar as finanças pessoais:
1. Acompanhe o seu dinheiro para não faltar no fim do mês:
Tenha e acompanhe um orçamento financeiro para as principais áreas de sua vida. Essa dica serve principalmente para quem tem um orçamento fixo ou que consegue ter uma previsão dos ganhos do próximo mês. Definir e seguir um orçamento mais baixo que a receita mensal é garantia de que sobre dinheiro ao final de cada mês. Pode não parecer fácil, mas com certeza trará mais resultados do que a grande maioria das tentativas de enriquecer que vemos por aí.
2. Liste todas as suas dívidas:
Quando você não sabe o tamanho da dívida, o melhor é listar em uma planilha todos os credores, sejam eles bancos, cartões, fornecedores ou amigos. Após saber para quem você deve, o próximo passo é listar o valor atual da dívida, e quanto está pagando de juros. A prioridade deve ser sempre quitar as dívidas nas quais se pagam os maiores juros.
3. Gaste seu dinheiro com o que te interessa de verdade:
O que vale mais, economizar ou curtir um happy hour? Se você tem muito interesse em sair com os amigos, é melhor gastar seu dinheiro nisso. Da mesma forma que se você quer muito fazer uma viagem, o interessante é investir nessa atividade. Gastar com lazer não deve ser um problema, desde que você tenha em mente que se você gastou todo o seu dinheiro nisso, depois não poderá se sentir mal por não conseguir comprar um bem mais caro ou investir em educação, por exemplo. O ideal é sempre saber o seu objetivo e maior interesse na hora de fazer uma despesa.
4. Espere 30 dias antes de fazer uma compra de sapato ou roupa:
Se quer comprar móveis, roupas ou sapatos a sugestão é sempre esperar 30 dias. Se após este período você ainda estiver com vontade de comprar aquele bem, compre-o. O ideal é sempre planejar bem estes gastos, para evitar a compra por impulso.
5. Tenha um aplicativo de controle de finanças pessoais no celular:
Poder saber em qualquer dia do mês o quanto ainda temos de dinheiro disponível para gastar ou que deve ser colocado em uma poupança é essencial. Os aplicativos de finanças pessoais chegaram para deixar esse controle muito mais fácil: antigamente, era preciso andar com um caderninho e passar todos os gastos para uma planilha no computador. "Com estes apps, você consegue registrar o gasto rapidamente. Se você gastou dinheiro seis vezes no dia, terá dedicado um minuto do seu dia para ter controle total sobre suas despesas”, afirma o especialista Nélio Costa.
6. Pense bem antes de pagar à vista:
Se está planejando suas férias de fim de ano, verifique se a agência de viagens dá um desconto à vista do mesmo tamanho da inflação (projetada para 7,7% em 2015), caso a resposta seja positiva, vale a pena pagar à vista. Caso contrário, parcele sem juros. “Do ponto de vista financeiro, não existe parcela sem juros, pois as vendedoras geralmente embutem o preço do juros no produto e, dificilmente, darão desconto à vista. Neste caso, quem paga à vista perde dinheiro, pois poderia deixar o valor investido e no fim do período teria mais do que inicialmente”, explica Nélio.
7. Aguarde pelas liquidações:
Quando for adquirir um bem e souber que a loja que o vende trabalha com liquidações, espere surgir uma. Não tem nada pior do que comprar algo e no dia seguinte descobrir que está na promoção! Então, aguarde um pouco as promoções, assim que o produto estiver com um valor mais barato, você irá adquiri-lo e caso você tenha conseguido um bom desconto, você poderá investir o valor que sobrou em alguma outra atividade.
8. Procure um consultor financeiro:
Quer comprar um carro? Um consultor financeiro pode lhe ajudar a montar um planejamento para esta compra fazendo você gastar o mínimo possível. Se não quiser ter um consultor, mas ainda quiser comprar um carro, o mais recomendado é a compra de um consórcio, com ele, você terá uma carta de crédito (que funciona como uma dívida automática todo mês), o que te ajudará a planejar e ter foco, para não se enrolar em dívidas. Com consórcio, você paga mensalmente um valor e pode retirá-lo do crédito mediante um sorteio ou adiantando parcelas.
9. Calcule as parcelas para não ultrapassar 30% da sua renda:
Na hora de comprar um apartamento ou uma casa, o ideal é calcular exatamente como serão as parcelas e certificar-se de que conseguirá pagá-las, afinal, o banco não permite que a parcela comprometa mais que 30% da sua renda, mesmo que você esteja disposto a colocar 60% do seu salário na parcela. É comum conhecer pessoas que deram a entrada, pagaram as taxas e comissões, e o financiamento não foi aprovado pelo banco. O que acontecerá é que você perderá grande parte do valor destinado à entrada do apartamento.
Outro fator importante é ter sempre uma reserva financeira que lhe permita pagar ao menos três prestações caso haja algum imprevisto.
10. Invista e fique de olho na inflação
Se você está começando sua vida financeira agora, o tempo é seu grande aliado. Investir com regularidade, um pouco por mês, trará um patrimônio interessante em alguns anos. No entanto, acompanhe sempre a inflação e preste atenção em como ela pode corroer seus esforços para o futuro caso você não fique sempre de olho nela.
Fonte: Administradores
Nenhum comentário:
Postar um comentário