Pouco mais da metade da população brasileira com dez anos ou mais de
idade não tinha acesso à internet em 2013. O suplemento da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 sobre as Tecnologias de
Informação e Comunicação, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que 50,6% das pessoas nessa
faixa etária não haviam utilizado internet nem uma vez nos últimos 90
dias que antecederam o dia da entrevista.
Em 48% dos 65,1 milhões
de domicílios particulares havia internet, sendo o microcomputador o
principal meio de acesso (88,4%). O acesso via telefone móvel estava
presente em 53,6% dos domicílios, enquanto o tablet, em 17,2% deles.
Em
97,7% dos domicílios a banda larga era o meio de conexão com a rede,
sendo que 77,1% conectavam-se em banda larga fixa e 43,5% em banda larga
móvel.
De acordo com a técnica da coordenação de trabalho e
renda do IBGE, Jully Ponte, o Brasil está abaixo da média dos países da
Europa e da América no acesso à internet. “O Brasil tem média superior a
de países do Oriente Médio e da África. Há, sim, capacidade de expansão
da utilização da internet no Brasil, já que a média dos países da
América é superior à nossa, embora as bases de comparações sejam
diferentes” disse ela.
O acesso à internet feito exclusivamente por celular ou tablet superou o microcomputador em Sergipe (28,9% por telefone celular/tablet e 19,3% por computador), Pará (41,2% e 17,3%), Roraima (32% e 17,2%), Amapá (43% e 11,9%) e Amazonas (39,6% e 11,1%).
Sobre
a frequência no uso da internet, o dados revelam que mais de 50% dos
domicílios com renda de um a dois salários mínimos utilizavam a internet
com frequência. Revelam também que navegar pela rede foi mais frequente
entre jovens de 15 a 17 anos (75,7%) e cresceu com a escolaridade,
variando de 5,4%, na população sem instrução ou com menos de um ano de
estudo, até 89,8%, entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo.
Em
todos os grupos compreendidos na faixa de 10 a 39 anos de idade, o uso
da Internet ultrapassou 50%. Os percentuais decresceram com o aumento da
idade, sendo que a menor proporção foi observada entre as pessoas de 60
anos ou mais de idade (12,6%).
Fonte: Agência Brasil
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